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Está encerrado o Ano da Misericórdia. Que “não se fechem as portas da reconciliação e do perdão"

20 nov, 2016 - 10:35

Papa encerrou, no Vaticano, a Porta Santa da Basílica de São Pedro, que só voltará a ser aberta no próximo Ano Santo.

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Está encerrado o Ano da Misericórdia. Que “não se fechem as portas da reconciliação e do perdão”

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A Porta Santa da Basílica de São Pedro era a última ainda aberta em todo o mundo. Foi fechada neste domingo de manhã pelo Papa Francisco, que assim encerrou o Jubileu da Misericórdia iniciado em Dezembro de 2015.

A clausura da porta, que apenas se abre nos Anos Santos (29 até hoje, na história da Igreja Católica), decorreu antes da missa que o Papa presidiu na Praça de São Pedro.

Na homilia, Francisco pediu para que, mesmo findo o Ano da Misericórida, “não se fechem as portas da reconciliação e do perdão”, mas que se saiba “ultrapassar o mal e as divergências, abrindo todas as vias possíveis de esperança”.

“Assim como Deus acredita em nós próprios, infinitamente para além dos nossos méritos, assim também nós somos chamados a infundir esperança e a dar uma oportunidade aos outros. Com efeito, embora se feche a Porta Santa, continua sempre escancarada para nós a verdadeira porta da misericórdia que é o coração de Cristo”, destacou.

No final da missa, o Papa assinou a Carta Apostólica “Misericordia et misera”, que depois entregou, simbolicamente, a várias pessoas – como o cardeal da maior diocese do mundo, várias famílias, leigos – num sinal de que o documento se destina a toda a Igreja.

A Carta, cujo conteúdo será divulgado publicamente na segunda-feira, serve como documento de reflexão para prosseguir o caminho feito durante o ano santo que agora terminou.

Um ano cheio de inspiração

O primeiro gesto do Jubileu da Misericórdia aconteceu com a abertura da Porta da Misericórdia em Bangui, a 29 de Novembro de 2015, quando o Papa visitou a República Centro-Africana. A Porta Santa do Vaticano foi aberta a 8 de Dezembro.

Durante este ano, Francisco promoveu catequeses especiais em audiências jubilares aos sábados, acolheu visitas de presos, sem-abrigo ou doentes para jubileus particulares e recordou a importância das obras de misericórdia, corporais e espirituais, que a Igreja Católica propõe aos seus fiéis.

Levou também a cabo iniciativas “surpresa” nas chamadas “sextas-feiras da Misericórdia”, nas quais visitou, entre outros, doentes em estado vegetativo, uma comunidade de toxicodependentes, pessoas com deficiências mentais graves, padres, mulheres “libertadas de redes de prostituição”, bebés prematuros ou uma “Aldeia SOS” para crianças.

Na Polónia, o Papa presidiu à Jornada Mundial da Juventude e visitou, em silêncio, os campos de concentração nazis de Auschwitz-Birkenau.

“Não fiz um plano. Fiz apenas aquilo que o Espírito Santo me inspirava e as coisas aconteceram”, afirma Francisco em entrevista ao jornal católico italiano “Avvenire”.

Ao longo do Jubileu, o Papa visitou ainda refugiados na ilha grega de Lesbos com o patriarca de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu, encontrou-se em Cuba com o patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirilo, e participou na comemoração conjunta dos 500 anos da reforma luterana, na Suécia.

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