20 nov, 2016 - 13:54
O Papa manifesta-se impressionado com o que chama de “crime horrendo” do aborto. Numa entrevista divulgada este domingo pelo canal televisivo católico TV2000, fala do “amor à vida em qualquer situação”.
Recordando um episódio que vivenciou quando visitou, de surpresa, um serviço de neonatologia, Francisco falou da mãe de trigémeos prematuros que chorava a morte de um dos seus filhos.
“Pensei no hábito de acabar com as crianças antes de nascerem. É um crime horrendo. E acabar com elas porque é melhor assim, é mais cómodo, é uma grande irresponsabilidade, um pecado gravíssimo”, comentou.
“Esta mulher, que tinha três filhos, chorava pelo que tinha morrido. Não conseguia consolo com os dois que ainda tinha. É o amor pela vida, independentemente do que acontece”, destacou.
Na entrevista, o Papa diz ainda não ter qualquer segredo que justifique a sua vitalidade aos 80 anos. Mas rezar tem ajudado, acrescenta.
“Rezo. A oração é para mim uma ajuda. É estar com o Senhor. Celebro a missa, rezo o Breviário, falo com o Senhor, rezo o Terço. A oração ajuda muito”, admite.
Mas não só. “Durmo como uma pedra. No dia do terramoto, eu não senti nada. Todos diziam que a cama abanava e eu dormia como uma pedra. Eu durmo seis horas como uma pedra. Tenho os meus problemas na coluna, mas estou bem. Faço aquilo que posso e nada mais”, conclui.
Nesta entrevista à televisão da Conferência Episcopal Italiana, Francisco faz um balanço do ano da Misericórdia que hoje terminou. Os 40 minutos da conversa serão transmitidos neste domingo à noite.