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​Um musical para ajudar quem ajuda a população síria

15 dez, 2016 - 15:58 • Ângela Roque

“D. Bosco” é exibido nesta quadra natalícia com um fim solidário: ajudar a Fundação AIS que está a apoiar os sacerdotes daquela congregação que são um dos suportes da população em Alepo.

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Este é um espectáculo solidário a favor dos cristãos perseguidos na Síria, sobretudo os de Alepo onde há sacerdotes e irmãs salesianas a apoiar a população e que estão a ser ajudados pela Fundação AIS.

“Estão todos no terreno, com centenas de famílias a seu cargo que diariamente têm que alimentar, vestir, dar medicação, arranjar forma de lhes arranjar combustível para poderem aquecer e cozinhar. Apesar de viverem em constante perigo de vida não querem abandonar a população, e é importante que todos saibam que há esta igreja viva, estes padres e estas irmãs e o que estão a fazer”, diz à Renascença Catarina Martins Bettencourt.

A responsável pela Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal viu neste musical que homenageia S. João Bosco a melhor forma de levar mais gente a ser solidária: “D. Bosco esteve sempre preocupado com as crianças e hoje, na Síria, as crianças são as maiores vítimas do conflito. Por isso achámos que até aqui havia esta ligação entre os salesianos, D. Bosco e o trabalho que a AIS está a fazer no terreno”.

“D. Bosco” mostra episódios da vida do fundador dos salesianos, “pai e mestre da juventude”, como lhe chamou João Paulo II, mudou o futuro de muitas crianças pobres e órfãs de Turim, em Itália, no século XIX.

Feito para assinalar o bicentenário do seu nascimento, o ano passado, este musical foi apresentado em Fátima e Évora para mais de 8 mil pessoas, e pode agora ser visto na Sociedade de Geografia de Lisboa.

Ana Morais, encenadora e directora artística do musical, conta que “foi um projecto que abraçámos logo à primeira”. E sublinha o profissionalismo e empenho dos alunos e ex-alunos do colégio Salesianos de Lisboa que fazem este espectáculo: “Somos à volta de uns 40, todos estudantes de artes performativas aqui da escola, uns de música, outros de dança, outros de teatro, a grande maioria vem da escola de teatro musical aqui dos salesianos. Isto foi um projecto voluntário em que estes jovens fantásticos cederam aquilo que eles têm de melhor, os seus dons, o seu tempo, a sua energia. Não é qualquer um que cede os seus fins-de-semana para contribuir para uma causa como esta, e eles todos são fantásticos nisso”.

A Renascença falou com dois dos protagonistas no intervalo de um dos ensaios. João Baptista é D. Bosco neste musical. Antigo aluno, já na vida activa profissional, não esconde o orgulho que sente em representar de novo este espectáculo, agora com fins solidários. “Obviamente, já fizemos isto outras vezes, mas não com o intuito que temos agora, e sinto muito orgulho em fazer isto. A história que estamos a representar é uma história muito bonita, e devemos partilhá-la com muita gente, porque se aprende muito com D. Bosco. Sinto que estamos a fazer alguma coisa e não estamos só a ver, estamos a tentar pelo menos abrir a mente das pessoas que vêm isto”,

Ana Pinto, que faz de mãe Margarida, diz que “é incrível podermos estar a fazer este musical. Assim como D. Bosco ajudou todas aquelas crianças que não tinham nada, agora em Alepo também está a acontecer o mesmo, crianças que não têm que comer, o que fazer, o que brincar. Nós sentimos uma grande responsabilidade em fazer este musical”.

O espectáculo de domingo vai decorrer na Sociedade de Geografia de Lisboa e tem duas sessões previstas, uma às 16h00, para os benfeitores da AIS, outras às 21h00, mais dedicada à comunidade salesiana (pais, professores e alunos).

A entrada é livre, mas sujeita a um convite que pode ser levantado na AIS ou nos salesianos de Lisboa. “Para fazer a reserva de lugar podem entrar em contacto com a Fundação AIS, através do 21 754 4000, ou através do nosso site”, explica Catarina Martins Bettencourt. Os bilhetes também poder ser levantados nos Salesianos de Lisboa, em Campo de Ourique.

Durante o espectáculo haverá recolha de donativos, para ajudar a AIS a continuar a ajudar a população síria. “Esperemos que toda a gente contribua e que com o nosso trabalho, e com a história do nosso patrono, consigamos tocar alguns corações, e pôr os olhos no outro lado do mundo”, sublinha a directora artística Ana Morais.

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