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Núncio apostólico espera ONU "revitalizada" sob a liderança de Guterres

17 jan, 2017 - 14:42 • Ecclesia

No primeiro encontro do género com Marcelo Rebelo de Sousa, o representante diplomático da Santa Sé, decano do Corpo Diplomático em Portugal, elogiou o “carisma e calor humano” do chefe de Estado, que se aproximou dos cidadãos e “instaurou uma nova forma de democracia participativa”.

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O núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Portugal disse esta terça-feira que espera uma ONU “revitalizada e mais unida” sob a liderança do português António Guterres.

D. Rino Passigato falava na cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo pelo Corpo Diplomático acreditado em Portugal ao presidente da República, no Palácio Nacional de Queluz.

Marcelo Rebelo de Sousa disse, por sua vez, que 2016 foi “ano histórico” por causa da eleição de um português como secretário-geral da ONU.

D. Rino Passigato perspectivou uma “clarividente e inspiradora orientação do engenheiro António Guterres”, esperando que a mesma possa ajudar na “superação das muitas crises que atormentam a humanidade”, para a construção de um mundo “mais humano, mais solidário, mais pacífico e mais fraterno”.

No primeiro encontro do género com Marcelo Rebelo de Sousa, o representante diplomático da Santa Sé, decano do Corpo Diplomático em Portugal, elogiou o “carisma e calor humano” do chefe de Estado, que se aproximou dos cidadãos e “instaurou uma nova forma de democracia participativa”.

O núncio apostólico saudou o clima de “estabilidade” do país, apesar de haver algumas dificuldades ainda por superar, “sobretudo no sector da banca.”

D. Rino Passigato saudou o facto de Portugal ter duplicado a quota de refugiados a quem abriu as suas portas.

O discurso evocou várias das preocupações que têm marcado o pontificado do Papa Francisco em relação a fenómenos como as migrações, guerras, injustiças e perseguições.

“O nosso compromisso é rejeitar a lógica do fechamento, da intolerância, da exclusão, da violência e abraçar a lógica da abertura ao outro, do respeito e da tolerância, do diálogo sincero e da não-violência”, apelou o núncio apostólico.

O representante da Santa Sé sublinhou que no próximo mês de maio o Papa vai visitar Fátima como "peregrino de paz", na celebração do Centenário das Aparições de Nossa Senhora.

A intervenção começara por evocar a morte de Mário Soares, antigo presidente da República Portuguesa.

Emo nome do corpo diplomático, D. Rino Passigato prestou uma “sentida homenagem a quem entregou a sua longa existência a esta nobre Nação lutando com inteligência, coragem e determinação pela liberdade, a democracia e a dignidade do povo português”.

O núncio saudou ainda os "sucessos" da selecção nacional de futebol no Campeonato da Europa de 2016 e a consagração de Cristiano Ronaldo como o "melhor jogador do mundo".

Marcelo Rebelo de Sousa deixou votos, na intervenção que se seguiu, de que o mundo “nunca desista da paz” e tenha como “prioridade máxima” o respeito pela “dignidade fundamental” de cada pessoa.

O presidente da República Portuguesa abordou vários desafios que se colocam à Europa, afirmando que deve ficar “claro” que quem “manda” neste continente “são os europeus”.

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