11 mai, 2017 - 17:00
O actor e encenador Luís Miguel Cintra foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes, atribuído anualmente pela Igreja católica para destacar um percurso ou obra que reflectem o humanismo e a experiência cristã.
A acta do júri realça "os méritos extraordinários" da "carreira de encenador e actor, de ensaísta e tradutor de literatura dramática" de Luís Miguel Cintra, bem como o seu trabalho "em prol da difusão declamada de Poesia e Oratória".
A decisão, unânime, sublinha a intervenção de Luís Miguel Cintra no "concerto das artes verbais, musicais e cénicas", dentro de um contexto "de extensa e fecunda intervenção no debate de ideias e de questões ético-sociais no espaço público".
Os jurados destacaram também o facto de Luís Miguel Cintra ter co-fundado o Teatro da Cornucópia, onde dirigiu, ao longo de 43 anos, mais de 130 peças e um vasto leque de actores, levando à cena autores cimeiros da dramaturgia nacional e internacional.
Na Sétima Arte, Luís Miguel Cintra integrou o elenco de mais de 70 filmes, tendo colaborado com Manoel de Oliveira, igualmente distinguido com o Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes, entre outros cineastas, assinala a ata.
Do júri fizeram parte o bispo de Angra, D. João Lavrador, que será o próximo presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, o padre António Trigueiros, S.J., director da revista "Brotéria", Maria Teresa Dias Furtado, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Guilherme d'Oliveira Martins, administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, e José Carlos Seabra Pereira, dircetor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
A sessão de entrega da distinção ocorrerá a 3 de Junho, em Fátima, integrada no programa da 13.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, dedicada ao tema "'Out of the box' - A relação dos jovens com a cultura".
O Prémio, composto pela escultura "Árvore da Vida", de Alberto Carneiro, e 2.500 euros, foi instituído em 2005 pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, contando desde então com o patrocínio do grupo Renascença Comunicação Multimédia.
Nas edições anteriores, o Prémio galardoou o poeta Fernando Echevarría, o cientista Luís Archer S.J., o cineasta Manoel de Oliveira, a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, o político e intelectual Adriano Moreira, o trabalho de diálogo entre Evangelho e Cultura levado a cabo pela Diocese de Beja, o compositor Eurico Carrapatoso, o arquitecto Nuno Teotónio Pereira, o pedagogo Roberto Carneiro, o jornalista Francisco Sarsfield Cabral, a artista plástica Lourdes Castro e o Professor de Medicina e Bioética Walter Osswald.