27 mai, 2017 - 01:44 • Paula Costa Dias
O presidente da Associação de Amizade Portugal-Israel apela a que se trate os refugiados como seres humanos.
Numa sessão de homenagem a Monsenhor Joaquim Carreira, sacerdote que salvou perto de 200 pessoas, incluindo judeus, das perseguições nazis, António Caria disse, no entanto, que é preciso incutir-lhes o sentido da vida.
“Ninguém pode redimir-se de tratar os refugiados hoje como seres humanos. Talvez seja necessário incutir neles o elã para a vida. Talvez seja isso que distingue as vítimas do Holocausto dos refugiados de hoje”, disse.
Organizada pelo Clube Unesco da Escola Básica de Santa Catarina da Serra, Leiria, a homenagem a Monsenhor Joaquim Carreira contou com a presença do jornalista António Marujo. Para o autor da obra “A Lista do Padre Carreira”, o homenageado ainda hoje nos interpela.
“Nós podemos aprender esta coisa tão simples que é seguir a nossa consciência e perguntarmos sempre o que podemos fazer para salvar uma vida e recusar esse discurso de que tem de ser assim porque não há alternativa”, refere.
“Um apóstolo do Bem”, assim foi o também chamado padre aviador, classificado pelo seu sobrinho, o padre João Mónico.
Natural da freguesia de Caranguejeira, Leiria, Monsenhor Joaquim Carreira foi tornado “Justo entre as Nações” pelo Memorial do Holocausto de Jerusalém. A maior distinção para não-judeus que pode ser emitida em nome do Estado de Israel e do povo judeu, sendo uma honra atribuída apenas a heróis.