05 jul, 2017 - 18:04 • Ecclesia
O Papa Francisco desafiou esta quarta-feira estudantes israelitas e palestinos a rejeitar todas as propostas que os façam “viver como inimigos”, propondo, pelo contrário, da “cultura do encontro”.
A intervenção foi transmitida através de uma projecção em vídeo, no final do Congresso das “Cátedras Escolas”, organizado pela fundação pontifícia “Scholas Occurrentes”, em Jerusalém.
A iniciativa teve como tema “Entre a Universidade e a Escola, construindo a paz através da cultura do encontro”, com uma dimensão inter-religiosa.
Mais de 70 jovens israelitas, palestinos e de outros países estiveram presentes num encontro que contou com académicos de 41 universidades e representantes da Santa Sé.
“Quero saudar estes dias vividos aí em Jerusalém, porque vós mesmos, a partir das vossas diferenças, chegastes à unidade”, disse o Papa, na videomensagem.
Francisco convidou a uma “abertura” dos olhares para que todos consigam “alarga a alma” ao outro.
“A nossa utopia, a de todos nós que, de alguma forma, fazemos parte das Scholas, é criar com esta educação uma cultura do encontro”, precisou o pontífice, que apoia este projecto desde o seu tempo como arcebispo de Buenos Aires, na Argentina.
O Papa alerta para esta necessidade de unidade e encontro num “mundo tão atomizado”.
“Este mundo tem medo da diferença, que a partir deste medo constrói muros, às vezes, que acabam por tornar realidade o pior pesadelo, ou seja, viver como inimigos”, advertiu.
O encontro em Jerusalém concluiu-se com a plantação de uma oliveira, simbolizando o diálogo entre judeus, cristãos e muçulmanos.