23 jul, 2017 - 11:03
O Papa Francisco manifestou este domingo a sua preocupação pelo aumento das tensões na Terra Santa, onde confrontos entre palestinianos e israelitas atingiram o ponto mais alto dos últimos dois dias.
A última onda de violência começou quando Israel decidiu instalar detectores de metal nas entradas para o local conhecido como o “nobre santuário”, onde se encontra a mesquita Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do islão.
Os muçulmanos consideram a instalação de detectores de metal uma afronta e exigem a sua retirada e os protestos motivaram vários confrontos.
O pior episódio teve lugar na sexta-feira quando um palestiniano matou três israelitas num colonato na Cisjordânia, ferindo um quarto. O palestiniano foi ferido a tiro e transportado para o hospital, detido. Em resposta as Forças Armadas ocuparam a casa do atacante e deteve o seu irmão. A casa será agora demolida, consoante a prática israelita.
Do lado palestiniano há relato de pelo menos sete mortes nos últimos dias após confrontos com militares israelitas.
Perante este cenário, o Papa Francisco aproveitou a oração do Angelus para pedir a paz para a região. “Sigo com trepidação as graves tensões e a violência destes dias em Jerusalém. Quero fazer um sincero apelo à moderação e ao diálogo.”
“Convido-vos a unirem-se a mim na oração, para que o Senhor inspire em todos as intenções de reconciliação e de paz”, afirmou Francisco.
Durante a reflexão catequética que antecedeu a oração do angelus, o Papa já tinha referido o facto de não ser possível apontar para um grupo social ou para um povo como bom e outro como mau, sublinhando que em todos os povos há bem e mal e que todos os homens são pecadores.