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Papa responde aos críticos da exortação sobre família

28 set, 2017 - 14:44

Teólogos, padres e académicos denunciaram sete “heresias” no documento, como a abertura aos católicos divorciados que voltaram a casar. Francisco diz que estão equivocados.

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O Papa Francisco afirmou esta quinta-feira que as críticas de vários teólogos, padres e académicos à exortação apostólica pós-sinodal sobre a família “Amoris Laetitia” são respeitáveis, mas estão equivocadas.

Cerca de 60 historiadores, teólogos e sacerdotes emitiram um documento acusando o papa de espalhar a heresia identificando sete "heresias" possíveis contidas em "Amoris Laetitia".

Neste documento tornado público na semana passada é pedido ao Papa que proceda à revisão da "Amoris Laetitia”.

O documento de 25 páginas e intitulado "Correcção de afiliados de haeresibus propagagatis" (Correcção filial em relação à propagação de heresias) terá sido enviado ao Papa no dia 11 de Agosto.

Entre as sete “heresias” identificadas está a abertura aos católicos divorciados que voltaram a casar.

Num encontro com alguns jesuítas durante a sua recente visita à Colômbia o Papa Francisco fez um esclarecimento sobre o assunto publicado esta quinta-feira na revista da Companhia de Jesus Jesus "Civiltà Cattolica”.

"Aproveito a oportunidade para dizer uma coisa. Porque ouço muitos comentários – respeitosos porque dizem que são filhos de Deus, mas errados – sobre a Exortação Apostólica pós-sinodal", disse Francisco em resposta a uma pergunta dos jesuítas.

Na primeira declaração de Francisco sobre o assunto, o Papa disse aos jesuítas colombianos que "para entender Amoris Laetitia você deve lê-lo do começo ao fim. Comece com o primeiro capítulo, continue para o segundo e assim por diante, e reflicta. Foi dito no sínodo".

O Papa disse também que "alguns argumentam que a moralidade que está na base do 'Amoris Laetitia' não é uma moral católica ou, pelo menos, que não é uma moral segura". Contudo, defende que a moralidade de “Amoris Laetitia” é a de São Tomás.

Além do documento que terá sido enviado ao Papa, quatro cardeais – Raymond Burke, Walter Brandmueller, Carlo Caffarra e Joachim Meisner – escreveram uma carta com quatro dúvidas doutrinárias sobre este documento e pediram esclarecimentos.

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