05 nov, 2017 - 14:45
O Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã defende que um bom catequista depende do seu próprio encontro com Cristo, pois, ninguém pode dar o que não tem. Só assim poderá ser discípulo e testemunha da fé, como pede o Papa Francisco.
À margem das jornadas nacionais dos catequistas que terminaram este domingo em Fátima, D. António Moiteiro afirmou que “só pode haver um bom catequista quando já há um verdadeiro cristão, quando já se encontrou com Jesus.” Então aí, salientou o bispo, “quando nós temos um cristão que é discípulo, que testemunha a sua fé, ele pode, se tiver depois as qualidades humanas, pedagógicas e psicológicas, ser um testemunho da fé para os catequizandos.”
Por isso a Conferência Episcopal está a preparar um programa nacional de formação para desenvolver ao longo destes três anos. “Este é um dos grandes objetivos” da Comissão Episcopal admitiu o bispo que adiantou que “estamos já a trabalhar nesse campo, a recolher materiais e a reunir um grupo de especialistas, de catequetas, para começar a pensar nesse tema.”
Outra prioridade da Comissão Episcopal é a catequese da adolescência. Segundo o bispo “nós temos que dar o salto para a catequese da adolescência e juventude”, diferindo-a da infância, dado que “os adolescentes estão mais próximos dos jovens do que das crianças, em mentalidade e mesmo os materiais que temos da adolescência são muito a imagem da infância.” A forma de dar catequese a estas faixas etárias também tem de ser diferente dadas as suas características como “a autonomia e a questão da ação, porque é gente mais ativa.”
As jornadas nacionais dos catequistas que hoje terminaram em Fátima contaram com a presença de mais de 600 catequistas de todo o país.