27 nov, 2017 - 15:32
O director da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional considera que o encontro do Papa com as chefias militares de Myanmar, que se realizou esta segunda-feira, é um sinal positivo.
Pedro Neto lembra, contudo, que um encontro de cortesia – de apenas 15 minutos – não chega para solucionar o clima de perseguição contra a minoria Rohingya.
O encontro durou cerca de 15 minutos – e o comunicado da Santa Sé não esclarece se o drama dos refugiados muçulmanos foi um dos assuntos abordados – mas pode ser entendido como um factor que confere visibilidae ao drama de milhares de pessoas da minoria muçulmana naquele país e que foram obrigados a abandonar o território.
Pedro Neto não deixa de reconhecer que é um bom começo: “Seria expectar demais que tudo se resolvesse em tão pouco tempo, ou com esta visita, no entanto, e apesar deste comunicado ser um pouco vago – neste aspecto de não adiantar muito sobre os assuntos que foram tratados – há aqui uma porta aberta, um diálogo que se estabeleceu.”
“O Papa Francisco, como líder de uma religião com relevância mundial e também com a sua boa influência diplomática, assim esperamos, pode ter aberto um canal de diálogo e entendimento, quer para aquilo que têm sido os últimos anos da história do Myanmar, quer para a situação que se vive agora, dos rohingya”, conclui o representante da Amnistia Internacional em Portugal.