01 dez, 2017 - 09:46 • Aura Miguel
O Papa celebrou esta sexta-feira de manhã – madrugada em Portugal – a sua primeira missa no Bangladesh.
Muitos dos fiéis que participaram na missa, da pequena comunidade católica daquele país, que compõem apenas 0,2% da população, vieram de longe. Muitos deles viajaram vários dias para participar na missa do Papa, que num gesto pouco comum para uma viagem papal, ordenou 16 novos padres.
Em mais um claro sinal da importância da presença portuguesa para a implantação do Catolicismo nesta parte do mundo há cerca de 500 anos, sete dos 16 novos padres têm apelidos inconfundivelmente portugueses. Dois Rozarios, dois Gomes e três Costas, um dos quais Luis Pinto Costa.
Se alguns dos novos padres traçam as suas raízes cristãs aos navegadores portugueses da era dos descobrimentos, outros são fruto de conversões recentes, como é o caso de Josim Murmu, de 30 anos, proveniente de uma tribo animista do norte do Bangladesh. O jovem encontrou a fé através de um missionário franciscano e a sua conversão levou mais tarde à conversão da sua aldeia inteira, com 800 habitantes, alguns deles hoje presentes na missa em Daca.
No final da homilia, o Papa dirigiu-se com gratidão aos 150 mil fiéis: “Sei que muitos vieram de longe, com viagens de mais de dois dias. Obrigado pela vossa generosidade. Isto revela o vosso amor pela Igreja e o vosso amor a Jesus Cristo. Obrigado pela vossa generosidade e fidelidade.”
“Continuem em frente, com o espírito das bem-aventuranças. Rezem sempre pelos vossos sacerdotes, especialmente pelos que hoje recebem este sacramento da ordem”, apelou o Papa.
Na agenda do Papa para esta sexta feira, destaque ainda para o encontro com os bispos e, sobretudo para o encontro inter-religioso desta tarde, onde Francisco se encontra também com 18 refugiados rohingya, que vieram do campo de refugiados de Cox’s Bazaar, acompanhados por um tradutor da Caritas.
A Renascença com o Papa em Myanmar e no Bangladesh. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa