02 dez, 2017 - 11:39 • Aura Miguel
As duas vertentes com que o Papa se despede do Bangladesh bem podem servir de fio condutor desta viagem: a vertente da caridade e a aposta nos jovens.
Caridade, neste caso, com os abandonados e os mais pobres, acolhidos na “Casa da Madre Teresa”; mas caridade também com os refugiados e milhões de pobres que vivem no Bangladesh e no Myanmar, junto dos quais a Igreja quer estar e servir.
Aposta na juventude, porque foi junto deles que Francisco encerrou as duas etapas da viagem, para lhes falar de uma sabedoria que nasce da fé, que implica abrir-se aos outros e a não ficar cego à realidade e ao seu sofrimento.
Foi o que Francisco fez nestes dias, também ao dar apoio às minorias católicas nos dois países e, sobretudo, ao denunciar o êxodo dos Rohingya e a indiferença dos responsáveis mundiais, da qual pediu perdão.
Questões cruciais em dois países onde a liberdade religiosa é frágil, mas que, graças a Francisco, juntou consensos históricos entre os líderes das principais religiões, a favor da paz.
A Renascença com o Papa em Myanmar e no Bangladesh.
Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa