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Papa recorda "silêncio ensurdecedor" de Auschwitz

29 jan, 2018 - 12:25 • Ecclesia

Francisco recebeu, esta segunda-feira, no Vaticano, os participantes numa conferência internacional contra o antissemitismo.

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O Papa Francisco recordou, esta segunda-feira, o “silêncio ensurdecedor” do campo de concentração nazi de Auschwitz, onde esteve em Julho de 2016, considerando o mal como fruto da “indiferença”.

“Recordo este silêncio ensurdecedor de que me apercebi na minha visita a Auschwitz-Birkenau: um silêncio inquietante, que apenas deixa espaço para as lágrimas, à oração e ao pedido de perdão”, disse, ao receber no Vaticano os participantes numa conferência internacional contra o antissemitismo.

A iniciativa sobre a “luta contra o antissemitismo e os crimes ligados ao ódio antissemítico” decorre no ministério italiano dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional, em colaboração com a OSCE e responsáveis da comunidade judaica na Itália.

O Papa partiu da palavra “responsabilidade”, que mais do que analisar as causas da violência implica “estar prontos e activos” na resposta.

“O inimigo contra quem lutar não é apenas o ódio, em todas as suas formas, mas, ainda mais na raiz, a indiferença; porque é a indiferença que paralisa e impede de fazer o que é justo”, precisou.

Francisco falou da indiferença como um “vírus” que contagia os dias de hoje, “tempos nos quais estamos cada vez mais ligados aos outros, mas cada vez menos atentos aos outros”.

O discurso evocou o episódio bíblico dos irmãos Caim e Abel, após o assassinato deste último.

“Caim, que tinha assassinado o irmão, não responde à pergunta [de Deus]”, referiu, “não lhe interesse o irmão”.

Segundo o Papa, é nesta indiferença que está “a raiz perversa, a raiz de morte que produz desespero e silêncio”.

O pontífice evocou o Dia da Memória, celebrado a 27 de Janeiro, data de libertação do campo de Auschwitz-Birkenau, considerando que a memória “é a chave de acesso ao futuro”.

Francisco citou São João Paulo II para renovar os votos de que a “inenarrável iniquidade da Shoah nunca mais seja possível”.

Comentários
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  • tuguinhapequeno
    30 jan, 2018 do r.q.t.parta 10:28
    "E o silêncio de palestinianos assassinados pelos judeus????" Eh pá morreram milhares de judeus, às garras dos assassinos alemãs, com a responsabilidade de um louco que estava aos comandos. Mulheres e crianças, gente de todas as idades, os judeus passaram um autentico inferno, com torturas, morte e desprezo. Que pena não estares lá na altura. E agora vens com esta dos palestinianos que foram assassinados. E por ventura são uns santos estes palestinianos? Quantos bombistas e quantos palestinianos foram também responsáveis por milhares de mortes. Querias o quê, que os judeus se deixassem matar pelos palestinianos como aconteceu na alemanha pelos carniceiros? Todas as vezes que comentas aqui os teus comentários dão-me logo volta ao estomago. Não és só contra os judeus, és contra os func.públicos, a favor da precariedade, a favor da perda de direitos dos func.públicos, como não bastasse os muitos func. públicos que ganham muito abaixo dos mil euros e ainda têm os seus salários congelados desde de 2010. Oh pá toma vergonha nestas trombas e tem mais respeito pelos outros. Tu és igual aos nazis
  • Maria Manuela Nunes
    30 jan, 2018 Queluz 10:14
    Estive lá há talvez 15 anos e senti o silêncio esmagador de que o Papa fala. É um sítio em que tudo nos oprime, ou oprimia. Há dois anos voltei lá e agora é um mero sítio turístico. São tantos os turistas, que se fazem filas para entrar e nem há tempo para absorver nada. É sempre a andar e sem qualquer explicação a menos que se consiga um guia o que é difícil. É uma pena que se perca um símbolo do que nunca devia ter acontecido, para que não volte a acontecer.
  • TUGA
    29 jan, 2018 Lisboa 13:25
    E o silêncio de palestinianos assassinados pelos judeus???? não incomoda ninguém?? não recorda ninguém?? O que faz o DEUS dinheiro......Santo Deus!!!!!

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