09 fev, 2018 - 13:10 • Teresa Paula Costa
O coordenador da Pastoral Penitenciária, padre João Gonçalves, apela à criação de departamentos dedicados a esta área, nas dioceses, lembrando a importância e a responsabilidade de toda a comunidade na prevenção da criminalidade e na reinserção social dos ex-reclusos.
"Muitas vezes o crime é resultado de uma comunidade que se alheou e que empurrou para a margem quem precisava de ser chamado", lembrou o padre João Gonçalves, na abertura do Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária, que decorre em Fátima.
"Quando se diz que a diocese está bem organizada no que respeita à Pastoral Penitenciária, porque todas as cadeias da diocese têm capelão, isso é uma resposta perfeitamente ultrapassada", defendeu.
"Claro que todas as cadeias devem ter um capelão, um assistente espiritual e religioso e os seus colaboradores, mas as dioceses têm de estar organizadas para além das grades e dos muros da cadeia, para que evitemos a criminalidade, na medida do possível, e que as pessoas que saem da cadeia voltem para lá, por não terem o acolhimento suficiente", prosseguiu.
Subordinado ao tema “Voluntariado e Prisões: Constatações e Desafios”, o Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária reúne mais de duas dezenas de agentes, esta sexta-feira e sábado. Nos trabalhos, serão partilhadas boas práticas de projetos de voluntariado e debatidos os desafios ao voluntariado neste meio.