24 fev, 2018 - 11:02 • Ana Lisboa
Lembrar mais uma vez ao mundo a questão da liberdade religiosa e, mais concretamente, a perseguição aos cristãos é o propósito desta jornada da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Para tal, alguns monumentos vão ser iluminados de vermelho, representando a cor do “sangue dos mártires”.
Em Portugal, será o Santuário do Cristo Rei em Almada; em Itália, o Coliseu de Roma; na Síria, a Catedral maronita de Santo Elias, em Alepo; e no Iraque a Igreja de S. Paulo, em Mossul. É nestes dois últimos países que, atualmente, mais se tem acentuado a violência religiosa.
Será uma maneira de “Combater a Indiferença” – o lema desta iniciativa, que pretende “chamar a atenção para que ninguém fique indiferente”, admite a responsável pelo departamento nacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
A responsável pela AIS em Portugal, Catarina Martins Bettencourt, acrescenta que “o objetivo é que depois, deste dia 24, esta questão da perseguição aos cristãos seja um tema em aberto, em discussão”, para “fazermos alguma coisa. No fundo é tentar combater esta indiferença que nós vivemos no nosso mundo”.
Por isso, defende a importância de “despertar consciências” e de sensibilizar para esta causa, porque “não podemos continuar calados”.
Em Portugal, este momento de oração está marcado para as 16h00, no Santuário do Cristo Rei. Primeiro, será rezado o Terço, depois, às 17h00, haverá uma missa e às 18h00 o monumento será iluminado a vermelho.
Catarina Martins Bettencourt diz que se vai “relembrar todos aqueles que hoje sofrem por serem cristãos no mundo, sofrem perseguição. E também relembrar todos aqueles que já perderam a sua vida pelo facto de serem cristãos”.
Quem não puder estar presente, poderá unir-se em oração onde quer que esteja, bastando para tal aceder a este link para Oração pelos Cristãos Perseguidos.
Em Roma, está previsto um grande evento que incluirá também testemunhos de quem sofreu na pele a perseguição religiosa.
Ali vão estar “o marido e uma das filhas de Asia Bibi, uma paquistanesa que está presa desde 2009, acusada da lei da blasfémia e condenada à morte por ter tocado e, segundo as colegas, ter contaminado a água pelo facto de ser cristã”.
Os números conhecidos indicam que no Iraque, por exemplo, “em 2003 haveria um milhão e meio de cristãos; hoje serão 200 a 300 mil", refere a reposnável da AIS em Portugal, considerando que esta comunidade "está a desaparecer”.
Já na Síria, desconhece-se quantos cristãos ainda lá estão, devido à grande movimentação da população durante estes anos de guerra.