02 mai, 2018 - 18:02
A administração de Donald Trump e o Congresso americano devem fazer mais para proteger e promover a liberdade religiosa no mundo, diz a Comissão para a Liberdade Religiosa Internacional.
A comissão independente, que todos os anos produz um relatório sobre o estado da liberdade religiosa no mundo, diz que o Governo americano tem ignorado as muitas ferramentas que tem ao seu dispor para pressionar outros países a respeitar este direito.
No seu mais recente relatório, divulgado esta quarta-feira, os membros da comissão dizem que “tanto a Administração Trump e o Congresso devem ampliar os seus esforços a favor da liberdade religiosa internacional: trabalhando com parceiros internacionais, humanizando o assunto focando prisioneiros de consciência e vítimas de leis de blasfémia e enfatizando a importância de capacitar as mulheres a exercer inteiramente os seus direitos de liberdade religiosa ou de crença”.
Apesar de referir vários casos em que o Presidente americano usou de facto a sua influência para promover a liberdade religiosa junto dos seus congéneres de outros países, a comissão sublinha como negativas as medidas de Trump sobre os refugiados, que afetam também muitos dos que fogem dos seus países por motivos religiosos.
Como todos os anos, a comissão publica uma lista de países de “especial preocupação”. Este ano são 16 os países elencados, com a Birmânia, onde tem ocorrido uma limpeza étnica de muçulmanos, em primeiro lugar. Em segundo lugar encontra-se a República Centro-Africana, palco de um conflito civil entre milícias cristãs e muçulmanas. A China, onde o Estado alega o direito de controlar todos os aspetos religiosos está em terceiro lugar, seguido da Eritreia e do Irão.
A lista segue com a Nigéria, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Sudão, Síria, Tajiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão e por fim o Vietname.