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Conferência Episcopal

"Luta contra a eutanásia não é confessional, mas de humanidade"

08 mai, 2018 - 17:21 • Teresa Paula Costa

No âmbito da Semana da Vida, a Igreja Portuguesa tem estado a distribuir um milhão e meio de desdobráveis sobre a eutanásia em todas as paróquias do país.

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“A luta contra a eutanásia não é uma questão confessional, mas de humanidade”, disse esta terça-feira o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, no final da reunião do Conselho Permanente, que se realizou em Fátima.

O padre Manuel Barbosa aludia à Semana da Vida, que a Comissão Episcopal do Laicado e Família marcou para 13 a 20 de maio, dedicada ao tema da eutanásia.

Segundo o sacerdote, “a luta contra a eutanásia não é uma questão confessional, nem religiosa, mas é de humanidade, de defesa da vida.” Considerando que se trata “de um tema que se engloba neste conjunto que é a vida no seu todo,” o padre Manuel Barbosa referiu que “a eutanásia é um dos elementos que devemos combater para que a vida seja defendida,” adiantando que a própria Constituição da República diz que “a vida humana é inviolável.”

No âmbito da Semana da Vida, começou há cerca de uma semana a ser distribuído um desdobrável com o objetivo de melhor informar a população sobre a eutanásia e a posição da Igreja sobre o assunto. Segundo o porta-voz da CEP, o desdobrável tem “algumas perguntas e respostas sobre a eutanásia” tiradas do documento, com o mesmo nome, anexo à Nota Pastoral “Eutanásia: o que está em jogo? Contributos para um diálogo sereno e humanizador” que os bispos portugueses aprovaram há cerca de dois anos.

O desdobrável, cerca de um milhão e meio de unidades, tem vindo a ser distribuído “por cada diocese, vigariaria, paróquia e instituição, não só da Igreja, para que chegue o mais possível às pessoas” para que elas fiquem esclarecidas sobre as convicções da Igreja.

Segundo o padre Manuel Barbosa, a Conferência Episcopal não estará representada institucionalmente na manifestação, marcada pela Federação Portuguesa pela Vida para 29 de maio, dia em que o Parlamento discutirá os projetos de lei a favor da eutanásia, mas estará presente através das organizações da Igreja.

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  • 10 mai, 2018 12:03
    Obrigar alguém a viver sofridamente, só porque sim… contrariando a sua vontade em nome de uma moral quase sempre alicerçada no divino e, por isso mesmo, divorciada da realidade, é que me parece horrivelmente mau. Quem ataca o direito à eutanásia, não tem em atenção a vontade do outro, mas apenas a sua que quer ver privilegiada e decretada como lei, numa atitude egoísta e prepotente, querendo que toda a sociedade afine pelo seu pensamento, à boa maneira fascista. O que, no mínimo… não é democrático…
  • Augusto
    08 mai, 2018 Lisboa 19:34
    É lógico que é confessional. Humanidade é respeitar o desejo do doente.
  • João Lopes
    08 mai, 2018 Viseu 17:39
    A eutanásia e o suicídio assistido continua a ser homicídio mesmo que a vítima o peça, tal como a escravatura é sempre um crime, mesmo que uma pessoa quisesse ser escrava! Com a legalização da eutanásia e do suicídio assistido, o Estado declararia que a vida de pessoas doentes e em sofrimento não lhe interessa, e não as protege...

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