24 mai, 2018 - 18:55
As principais confissões religiosas em Portugal entregaram esta quinta-feira a declaração conjunta contra a eutanásia ao Presidente da República e ao Parlamento.
Encontros em Belém e São Bento quando faltam cinco dias para o debate e votação dos projectos de lei que pretendem a legalização da morte assistida.
Um encontro primeiro com Marcelo Rebelo de Sousa e depois com a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Caeiro no dia em que foi feito o anúncio do PCP que vai votar contra os quatro projetos de lei que propõem a legalização da eutanásia.
O padre católico Fernando Sampaio, coordenador do Grupo de Trabalho Inter-religioso para a Saúde e assistente religioso do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse à Renascença que esta posição dos comunistas nem sequer é surpreendente.
“Essa é uma boa notícia que veio do Partido Comunista. Não fiquei muito admirado porque eu sei que o Partido Comunista tem um respeito enorme pela dignidade da vida.”
Os representantes das principais confissões religiosas dizem-se satisfeitos com as reuniões que tiveram quer em Belém, quer em são Bento.
“Saímos satisfeitos. O senhor Presidente da República acolheu-nos bem, aqui [no Parlamento] também fomos bem acolhidos. Nós vimos apenas partilhar o pensamento das religiões que têm sempre uma palavra a dizer sobre a vida, o sofrimento e a morte no sentido da esperança. Partilhar esse pensamento é sempre positivo para que o debate possa ser mais profícuo”, afirma o padre católico Fernando Sampaio
O sacerdote disse ainda que para os representantes destas confissões religiosas não era possível ficar em silêncio em relação a este debate sobre a vida.