08 jun, 2018 - 12:58
O bispo de Angra, D. João Lavrador, mostra-se orgulhoso em receber nos Açores as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas e a sua continuação junto dos emigrantes nos Estados Unidos da América.
“É o reconhecimento da comunhão e a atenção devida que se deve ter à região que, sendo autónoma e estando no meio do oceano, contribuiu para a extensão e valorização do país e do estado português”, sublinha o bispo, em declarações ao portal de notícias da diocese.
D. João Lavrador destaca ainda o facto das celebrações levarem o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro António Costa e alguns membros do governo regional às comunidades portuguesas na costa leste dos Estados Unidos da América, sinal de “unidade e comunhão nacional”.
“É para nós um orgulho, uma alegria de unidade e comunhão nacional à volta de todos os que são emigrantes, mas que se caracterizam pela sua relação com os Açores”, diz D. João, que assinala a “irmandade” que todos os açorianos devem sentir com os cidadãos na diáspora que “se deslocaram das suas terras para ganhar a vida e encontrar melhores condições noutras paragens”.
“Continuam a ser portugueses e a marcar o ritmo das suas vidas pelo orgulho e alegria de ser português, mantendo as tradições e elementos culturais”.
Para D. João Lavrador, este “é um dia onde nos devemos sentir responsáveis pelo presente e de abertura para o futuro, num Portugal que se quer integrado na Europa mas sempre atento à realidade dos seus cidadãos e, de forma muito particular, em relação aos que se sentem excluídos de uma cidadania plena e do bem-estar que a todos deve atingir”.
As celebrações do Dia de Portugal vão ter início no sábado, em Ponta Delgada, com o içar da bandeira nas Portas da Cidade.
No domingo, dia 10, uma comitiva segue para os EUA para celebrações comemorativas que vão passar pelas cidades de Boston, Providence e New Bedford, no Estado norte-americano de Massachusetts, onde se encontram várias comunidades portuguesas, sobretudo açorianas, cuja emigração começou no final do século XIX.