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Papa associa-se a semana de ação da Cáritas Internacional por “políticas de acolhimento mais humanas”

17 jun, 2018 - 11:33

Cáritas Internacional apela aos governos para que parem de encarar os migrantes e refugiados como um “problema” e incentivem a “políticas de acolhimento mais humanas”.

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O Papa Francisco associa-se à semana de ação da Cáritas Internacional que quer sensibilizar em favor dos migrantes e refugiados.

Na rede social Twitter, o Papa Francisco partilhou o link para a página da Ação Global da Cáritas Internacional, escrevendo: “Compartilhemos com gestos concretos de solidariedade o caminho dos migrantes e dos refugiados”, acompanhado a mensagem com a hashtag “#sharejourney” – partilha a viagem, em português.

Este ‘tweet’ foi publicado poucas horas depois de o navio Aquarius, que seguia com migrantes resgatados no mar mediterrâneo, ter atracado no porto de Valência depois de os governos de Itália e Malta terem recusado abrir os seus portos para o navio da ONG.

A “Semana Global de Ação” insere-se na iniciativa the Journey’ (partilhe a viagem), inaugurada pelo Papa em setembro de 2017.

“A finalidade da iniciativa é ser a resposta concreta das Cáritas de todo o mundo ao apelo do Papa Francisco para reforçar a cultura do encontro”, explica a organização católica.

A Semana de Ação, a propósito da celebração do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho), vai ser marcada por eventos de partilha com migrantes e refugiados, para romper “medos e preconceitos”.

Em Portugal, o ponto alto desta semana acontece no dia 20 de junho, quarta-feira, dia em que se assinala do Dia Mundial do Refugiado. A Cáritas Nacional e a Conferência Episcopal Portuguesa promovem em conjunto o encontro “Vem e Partilha o Teu Pão”, que já conta com a presença confirmada do primeiro-ministro António Costa e do Núncio Apostólico D. Rino Passigato.

Incentivar a políticas de acolhimento mais humanas

O secretário-geral da Cáritas Internacional apelou aos governos para que parem de encarar os migrantes e refugiados como um “problema” e incentivem a “políticas de acolhimento mais humanas”.

Numa entrevista ao portal Vatican News, inserida na Semana de Ação Global, Michel Roy começa por lembrar que os migrantes e refugiados “não partem para fazer turismo”, mas sim porque são “forçados” a isso pela situação que enfrentam nos seus países de origem.

“São pessoas que sofreram muito e sofrem ainda e precisam de encontrar pessoas com olhos, mentes e corações abertos”, sustenta aquele responsável, para quem esta Semana de Ação Global (de 17 a 24 de junho) pode ser uma boa oportunidade para enraizar esta necessidade e para educar para a “cultura do encontro” que o Papa Francisco tem vindo a defender.

A par deste projeto, a Cáritas Internacional tem também a decorrer a campanha “Partilhar a Viagem”, que procura sensibilizar as comunidades e os países para toda esta problemática da crise dos migrantes e refugiados.

Em causa está a promoção de gestos concretos, de comunhão e de encontro, que permitam também a troca de experiências e uma maior consciencialização das pessoas para as dificuldades que migrantes e refugiados enfrentam.

Para o secretário-geral, estando a ‘Semana de Ação Global’ virada para a temática da refeição, “partilhar” um almoço ou um jantar com um deslocado ou refugiado seria “uma oportunidade bonita” para “dialogar, debater e ouvir mais as histórias das pessoas”.

Todos nós precisamos de uma sociedade mais humana e não desumana. Não devemos recusar humanidade a essas pessoas que vêm. Organizar uma refeição, e cada um pode fazer isso, é muito importante: criar oportunidade de encontrar as pessoas, que causam medo a muita gente, quando na verdade são eles que estão com muito medo”, frisa Michel Roy.

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