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Igreja portuguesa “está atenta” aos jovens

22 jun, 2018 - 07:12 • Ângela Roque

Responsável pela Pastoral Juvenil garante que “há abertura” para as mudanças que possam sair do próximo Sínodo dos Bispos. Respostas dadas pelos jovens portugueses vão ser analisadas hoje e amanhã em Fátima.

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Quer no questionário, quer na reunião em Roma, os jovens deixaram claro que querem uma Igreja “mais transparente”, mais “credível” e mais atenta ao que são as suas preocupações e anseios, que também passam por poderem ser mais interventivos.

“Não fiquei surpreendido com os alertas nem com as propostas que fizeram”, diz à Renascença o diretor nacional da Pastoral Juvenil.

Na opinião de Filipe Dinis, o Papa “foi muito perspicaz e sábio” por ter lançado o questionário e ter feito uma reunião preparatória do sínodo, onde “disse aos jovens 'não tenham problemas em dizer aquilo que sentem'”.

As respostas dadas pelos jovens portugueses no questionário preparatório do próximo Sínodo dos Bispos vão ser analisadas no Conselho Nacional da Pastoral Juvenil, que decorre esta sexta-feira e sábado, em Fátima.

O encontro reúne responsáveis diocesanos da Pastoral Juvenil e também de movimentos, congregações e associações de todo o país, que vão começar por ouvir o padre Eduardo Duque, da pastoral do Ensino Superior.

“Foi ele que, a pedido da Conferência Episcopal Portuguesa [CEP], fez um resumo dessas respostas e vai falar-nos sobre isso”, refere Filipe Dinis.

O responsável elogia também a abertura já manifestada pelos bispos portugueses, que nos últimos dias estiveram reunidos nas jornadas anuais do episcopado para abordar precisamente a temática dos jovens, da pastoral juvenil e da dimensão vocacional.

“Foi importante e oportuno terem voltado o seu olhar e os seus ouvidos para esta questão, quererem saber do que se fala e do que se projeta, para, mediante esta reflexão, encontrarem algumas componentes e iniciativas para o nosso país. Há abertura e há uma vontade de querer olhar e perceber aquilo que o sínodo também vai trazer, neste caso concreto para a Igreja portuguesa, e que desafios é que vamos ter futuramente”, defende.

No encontro que hoje começa vai intervir Joana Serôdio, que representou a CEP na reunião pré-sinodal que decorreu em Roma. “Será muito bom ouvi-la, para nos dar eco daquilo que foi falado e desafiar-nos para aquilo que este sínodo será para a Igreja universal”, acrescenta o padre Filipe Dinis.

O responsável nacional da Pastoral Juvenil acredita que o sínodo de outubro será “um dos acontecimentos do ano” para a Igreja, do qual poderão resultar mudanças importantes, como esperam os jovens. E os portugueses têm estado particularmente empenhados. “Tem havido muito envolvimento”, diz.

No Conselho Nacional da Pastoral Juvenil vai ainda falar-se das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) de 2019. “Participei na segunda preparação nas JMJ, que decorreu de 6 a 10 de junho na Cidade do Panamá, que vai acolher as Jornadas, e vou falar dos preparativos, e de como é que as coisas estão a ser trabalhadas, o entusiasmo que eles estão a ter”, diz o padre Filipe Dinis.

O próximo Fórum Ecuménico Jovem, e a apresentação e discussão de um plano para a pastoral juvenil, serão outros temas a tratar na reunião que será presidida por D. Joaquim Mendes, da Comissão Episcopal do Laicado e Família.

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