17 jul, 2018 - 14:34 • Teresa Paula Costa
Quando o padre Henri Caffarel fundou as Equipas de Nossa Senhora, fê-lo movido por uma ideia revolucionária. Que a espiritualidade possa ser trabalhada não apenas ao nível individual, mas também enquanto casal.
É essa ideia que alimenta hoje o movimento, espalhado por dezenas de países e com centenas de milhares de membros, entre os quais Luís e Waleska Santos, um casal que viajou do Brasil para Fátima, para participar no Encontro Internacional das Equipas, que começou na segunda-feira.
“É um exemplo de como é bonito estar casado, da importância de estar casado e a importância da santificação um do outro, do casal. Cada casal reza e trabalha junto para a santificação do casal.”, diz Luís.
No centro do movimento está a equipa, constituída por cerca de seis ou sete casais e um assistente espiritual, normalmente um padre, que reúne mensalmente. As reuniões costumam incluir uma refeição, momentos de oração, de partilha e de discussão de um tema. Depois, existem uma série de encontros, missas, dos quais o maior é o Encontro Internacional, que se realiza de seis em seis anos.
Em Fátima encontram-se atualmente mais de oito mil pessoas, entre casais, viúvos e assistentes espirituais. Waleska diz que são pessoas normais, mas que procuram “melhorar um pouco todos os dias”.
“Acreditamos que sentimos uma alegria genuína dentro de nós, uma paz interior, com as atitudes que temos no dia-a-dia, vivendo um dia de cada vez, sempre vendo o lado bom das coisas, sentir gratidão por tudo, inclusive pelas dificuldades, porque delas saímos fortalecidos.”
“Sentir carinho pelo outro, torcer pelo outro, e reconhecer sempre que não somos melhores nem piores que ninguém, que somos pecadores e podemos tentar melhorar um pouco todos os dias, levando amor para onde formos”, explica.
O Encontro Internacional das Equipas de Nossa Senhora decorre em Fátima até sábado à hora do almoço e contará ainda com participações do Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e do cardeal Peter Turkson. O padre Tolentino Mendonça, recentemente nomeado arcebispo pelo Papa Francisco, profere uma reflexão todas as manhãs.