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​Fátima. Bispo de Santiago apela ao perdão em tempo de cólera

13 ago, 2018 - 01:42 • Teresa Paula Costa

Perante milhares de peregrinos de várias nacionalidades, muitos deles migrantes, D. Arlindo Gomes Furtado disse que os cristãos devem eliminar “tudo o que é azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência e toda a espécie de maldade”.

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O bispo de Santiago, em Cabo Verde, apela ao perdão e à compaixão pelo outro. D. Arlindo Gomes Furtado falava nas celebrações da peregrinação aniversária de Fátima.

Perante milhares de peregrinos de várias nacionalidades, muitos deles migrantes, D. Arlindo Gomes Furtado disse que os cristãos devem eliminar “tudo o que é azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência e toda a espécie de maldade”, como refere S. Paulo na carta aos Efésios.

“Isto não deve acontecer com ninguém, nem com os outros, nem connosco”, referiu o bispo, “nem mesmo quando os outros se comportam assim connosco,” ou seja, “não devemos reagir da mesma forma, porque somos cristãos, seguidores de cristo, que nos libertou dessas paixões negativas”.

“Antes pelo contrário,” salientou o cardeal cabo-verdiano, que citou a segunda leitura onde S. Paulo refere: “Sede bondosos e compassivos uns para com os outros e perdoai-vos mutuamente”.

Esta, disse o cardeal “é que é a conduta de um verdadeiro discípulo de Cristo, ontem, hoje e sempre, na terra de origem ou na diáspora, num ambiente acolhedor ou nem por isso”.

Para D. Arlindo Gomes Furtado, “é assim que a presença do outro, de perto ou de longe, nacional ou estrangeiro, simpático ou antipático, crente ou não, deve ser, para um seguidor de Cristo, um encontro em humanidade e uma oportunidade de testemunho de como é bom viver ao estilo de Jesus Cristo”.

Para o bispo cabo-verdiano, é seguindo os passos de Jesus que nos alimentamos e ficamos em condições de prosseguir o caminho porque “Jesus nos ensina que, se devemos procurar garantir o pão quotidiano, para vivermos com dignidade e com energia para as tarefas deste mundo, com muito mais razão nos devemos empenhar para obter o pão que vem do céu, que é o próprio Jesus e que dá a vida eterna”.

“Ele nos alimenta quando O escutamos de todo o coração, quando a Ele elevamos as nossas orações de prece, de louvor, de ação de graças, quando seguimos os Seus passos, realizando na vida tudo o que Ele nos ensina.”

A peregrinação de agosto tem por base a quarta aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos e marca o início da Semana Nacional de Migrações.

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