01 set, 2018 - 15:00
O Cardeal Patriarca de Lisboa escreveu este sábado uma carta aos diocesanos em que uma das frases que lê é “estamos com o Papa”.
O documento é uma carta de início de ano, com as linhas mestras para as atividades das paróquias ao longo do próximo ano pastoral, que está prestes a começar.
Mas D. Manuel Clemente faz questão de, no último parágrafo, pedir comunhão profunda com o Papa Francisco – um pedido significativo, tendo em conta a polémica à volta da Papa depois da divulgação, no último domingo, de uma carta de Monsenhor Vigano, ex-núncio apostólico em Washington.
Carlo Maria Vigano, que dirigiu a diplomacia do Vaticano nos Estados Unidos de 2011 a 2016, pediu a Francisco que renunciasse ao pontificado, por alegadamente já saber, há anos, das acusações de abusos sexuais envolvendo o cardeal McCarrick.
Na carta, o Patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa pede comunhão com o Papa, elogia a coragem e lucidez com que Francisco guia a Igreja neste tempo, que “é de purificação, espiritual e prática”.
“Estamos com o Papa Francisco como ele está com Cristo e com o Evangelho”, conclui D. Manuel Clemente.
Quanto às prioridades para a diocese de Lisboa, o Patriarca pede formação em torno da oração e da liturgia, faz uma larga referência ao Concílio Vaticano II, considerando irreversível a reforma da liturgia, e faz um apelo a que sejam constituídos grupos de oração por toda a diocese e se promova a celebração pública da Liturgia das Horas.