03 set, 2018 - 09:12 • Ana Lisboa
“O Padre: ministro e testemunha da alegria do Evangelho” é o tema deste Simpósio que vai abordar um leque variado de questões “que se colocam na vida dos padres”.
O secretário da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, entidade que organiza o encontro, diz que o tema escolhido foi “um pouco motivado também pela recente publicação da nova orientação dos estudos e da formação sacerdotal que saiu da Congregação para o Clero em Dezembro de 2016”.
O padre José Alfredo Costa considera que “o tema é muito nesse sentido da formação permanente do clero, que não se esgota no tempo do seminário, nem nos primeiros anos de vida sacerdotal, mas que é uma formação contínua e permanente”.
O tema escolhido para este Simpósio é muito inspirado na reflexão e nos desafios propostos pelo Papa Francisco: a alegria do Evangelho que deve estar no centro da vida da Igreja.
Este responsável admitiu que há “essa percepção de que esta Igreja nova ou renovada, permanentemente actualizada que o Papa tem pedido, exige um novo papel de padre, alguém que, sendo realista e vendo problemas e dificuldades que existem em muitos lados, mas que não perca esse olhar de esperança e de alegria sobre as coisas (…) e não um olhar pessimista, derrotista ou desanimado”.
José Alfredo acredita que “o grande desafio para os sacerdotes é de poderem actualizar a mensagem do Evangelho para o mundo presente, sem perdermos o específico da nossa missão e da nossa identidade, sabendo que muitas estruturas da Igreja, algumas têm séculos e que naturalmente não se muda isso de um dia para outro, sobretudo quando a mudança na sociedade é muito rápida e muito acelerada por variadíssimas razões: a globalização, a comunicação social, as novas formas digitais, isso trouxe uma mudança de consciência, mesmo de pertença em relação à Igreja”.
No primeiro dia de trabalhos, esta segunda-feira, serão assinalados os 25 anos da realização do Simpósio do Clero. “O senhor D. Jorge Ortiga, que na altura era o secretário desta Comissão Episcopal, fará um resumo do que motivou esse primeiro encontro e perspectivando o que vamos viver nestes dias.”
A ocasião será ainda aproveitada para evocar também “a memória do senhor D. António Francisco dos Santos, [bispo do Porto, falecido em Setembro de 2017], que também foi presidente desta mesma comissão e que organizou outros simpósios”. Esta tarefa estará a cargo de D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa.
A formação sacerdotal será o tema do segundo dia de trabalhos. No dia seguinte haverá testemunhos, por exemplo, do que é ser padre nos hospitais, nas prisões, nas universidades ou nas forças armadas.
No último dia, 6 de Setembro, ainda haverá tempo para abordar o tema do celibato sacerdotal. O tema será abordado pelo bispo emérito de S. Sebastian, D. Juan Maria Uriarte.