03 set, 2018 - 16:05
O Simpósio do Clero arrancou esta segunda-feira, em Fátima, com uma carta de apoio ao Papa Francisco. A mensagem foi lida por D. António Augusto Azevedo, bispo auxiliar do Porto e presidente da Comissão das Vocações e Clero
“Nestes tempos em que algumas notícias e acontecimentos têm ensombrado o ministério sacerdotal, a nossa presença significa que acreditamos na santidade do sacerdócio e na sua força profética”, referiu o bispo.
“A comunhão com o Papa Francisco implica que partilhemos do seu sonho de um renovado impulso missionário para a Igreja”, salientou D. António Augusto Azevedo.
“A concretização deste sonho requer conversão pastoral de estruturas e metodologias e, sobretudo, requer, antes, de mais a conversão de corações e motivações. Só partindo de Jesus e do seu Evangelho essa conversão pode ser autêntica e estar na origem da evolução de uma pastoral cristalizada, repetitiva ou resignada para uma pastoral ousada e criativa”, frisou.
A posição foi anunciada na abertuda do Simpósio do Clero, que começou esta segunda-feira, em Fátima. “O Padre: ministro e testemunha da alegria do Evangelho” é o tema deste Simpósio que vai abordar um leque variado de questões “que se colocam na vida dos padres”.
A Igreja portuguesa tem manifestado nos últimos dias o seu apoio ao Papa Francisco, na sequência da polémica relacionada com abusos sexuais cometidos por sacerdotes em vários pontos do mundo.
O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, escreveu no sábado uma carta aos diocesanos onde elogia a coragem e lucidez de Francisco.
Já o cardeal D. António Marto pediu, no domingo, "profunda comunhão" com o Papa Francisco devido ao "ataque ignóbil e organizado" de que está a ser vítima, na sequência do escândalo dos abusos sexuais de menores perpetrados por prelados.