18 set, 2018 - 11:37 • Aura Miguel
A nova constituição apostólica “Episcopalis communio”, sobre a estrutura do Sínodo dos bispos, alarga a sua representação e competências e prevê a possibilidade de assembleias deliberativas, cujas conclusões serão integradas no magistério ordinário.
Este documento, com 27 artigos, revoga as normas vigentes, alargando esta estrutura por diferentes fases sinodais: a fase preparatória; a fase celebrativa; a fase de executiva da Assembleiae e a Secretaria Geral.
O objetivo é transformar o sínodo de “evento” em “processo”. Fundamental, diz o documento, é a participação do povo de Deus na fase preparatória, pois “toda a Igreja é chamada a realizar um caminho sinodal”, que deve envolver diretamente as igrejas locais.
O Papa não quer o sínodo afastado da vida concreta das comunidades e por isso este documento é mais um passo na “salutar descentralização” desejada por Francisco na sua exortação apostólica “Evangelii gaudium”, publicada no início do seu pontificado.
O sínodo dos bispos foi introduzido por Paulo VI, em 1965, após os Concílio Vaticano II, para reforçar os vínculos entre o Papa e os bispos, para “governar a Igreja de Deus”, com assembleias periódicas em Roma.