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Lituânia. Papa propõe "pontes de encontro e solidariedade" para derrubar muros contemporâneos

22 set, 2018 - 16:04 • Aura Miguel na Lituânia, com Agência Ecclesia e Redação

Francisco visitou o histórico santuário mariano de Vilnius, que acolhe peregrinos de vários países, católicos e ortodoxos.

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O Papa defendeu, na Lituânia, a construção de "pontes de encontro e solidariedade" na sociedade, para enfrentar quem propõe "muros" de divisão e hostilidade. Este sábado, Francisco visitou o histórico santuário mariano de Vilnius, que acolhe peregrinos de vários países, católicos e ortodoxos.

"Todos os dias vem aqui visitar a Mãe da Misericórdia uma multidão de pessoas provenientes de muitos países: lituanos, polacos, bielorrussos e russos; católicos e ortodoxos. Hoje isto tornou-se possível pela facilidade das comunicações, a liberdade de circulação entre os nossos países. Como seria bom se, à facilidade de se deslocar dum lugar para outro, se juntasse também a facilidade de estabelecer pontes de encontro e solidariedade entre todos, de fazer circular os dons que gratuitamente recebemos, de sair de nós mesmos para nos darmos aos outros, aceitando por nossa vez a presença e a diferença dos outros como um dom e uma riqueza na nossa vida", disse o Papa perante milhares de pessoas.

Ao longo do percurso até à Capelinha deste santuário marcaram presença centenas de crianças e famílias, bem como um grupo de doentes.

Francisco falou perante a ‘Porta da Aurora’, ou seja, tudo o que resta das muralhas desta cidade, destruídas em 1799; na porta, já então, estava colocada a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia.

O Papa levou como homenagem ao santuário lituano um rosário de ouro, que deixou junto da imagem da Virgem Maria.

Papa desafia jovens a seguir "contracorrente", em cultura individualista

Após a visita ao santuário, o Papa dirigiu-se a uma praça diante da Catedral de Vilnius, onde se reuniu milhares de jovens. Após ouvir testemunhos de dois jovens que tiveram de superar momentos difíceis na vida, com a ajuda da comunidade, Francisco sublinhou que importante rejeitar a ideia de que “é melhor caminhar sozinhos”.

“Reafirmemos que aquilo que acontece ao outro, acontece-me a mim; vamos contracorrente relativamente a este individualismo que isola, que nos torna egocêntricos e vaidosos, preocupados apenas com a imagem e o próprio bem-estar”, disse.

Francisco iniciou este sábado, na Lituânia, a visita aos países bálticos, que prossegue até terça-feira e decorre no centenário da independência da Lituânia, Letónia e Estónia, 25 anos depois da viagem de São João Paulo II a estes países.

[notícia atualizada às 16h50, após o encontro com os jovens]


A jornalista da Renascença Aura Miguel acompanha o Papa Francisco na sua Viagem Apostólica à Lituânia, Letónia e Estónia com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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