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"Nem o regime nazi nem o soviético apagaram a fé", diz o Papa em homenagem a católicos na Letónia

24 set, 2018 - 12:03 • Ecclesia

De visita à Letónia, Francisco recordou "horror da guerra", perseguições e exílio.

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O Papa Francisco homenageou, esta segunda-feira, em Riga os católicos da Letónia, que persistiram na sua fé apesar das “provações” do século XX.

“Nem o regime nazi nem o soviético apagaram a fé nos vossos corações e, a alguns de vós, não vos fizeram sequer desistir de vos dedicardes à vida sacerdotal, religiosa, à catequese e a vários outros serviços eclesiais que punham em risco a vossa vida”, disse, num encontro que decorreu na catedral católica de São Tiago.

“Estivestes sujeitos a toda a espécie de provações: o horror da guerra e, depois, a repressão política, a perseguição e o exílio”, acrescentou, num encontro que começou com oferta de flores ao pontífice, por um casal de idosos.

A Sé de Riga contou com a presença de 260 idosos de várias paróquias, numa homenagem a quem transmitiu a fé às novas gerações durante a perseguição comunista.

“Embora pareça paradoxal, hoje, em nome da liberdade, os homens livres abandonam os idosos à solidão, ao ostracismo, à falta de recursos, à exclusão e até mesmo à miséria”, advertiu Francisco.

A intervenção saudou a “constância nas adversidades” dos habitantes de Letónia, insistindo que “o cuidado e a proteção” dos mais velhos “são agradáveis e prezados por Deus”.

Após o encontro, o Papa seguiu para a Casa da Santa Família, em Riga, para o almoço com os bispos da Conferência Episcopal da Letónia.


A jornalista da Renascença Aura Miguel acompanha o Papa Francisco na sua Viagem Apostólica à Lituânia, Letónia e Estónia com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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