24 out, 2018 - 15:55 • Octávio Carmo/agência Ecclesia
Uma jovem escuteira da Guiné-Conacri levou esta quarta-feira, ao Sínodo dos Bispos, a história da sua conversão ao cristianismo através do movimento escutista que está a representar na assembleia sinodal que decorre no Vaticano.
“Se hoje estou aqui, se me tornei católica, é graças ao Movimento Escutista”, contou Henriette Camara. “Fui acolhida pelo movimento apesar de não ser cristã, porque era muçulmana. Depois, no seguimento dos meus estudos, fui acolhida por uma família cristã, que acompanhava à Igreja, todos os domingos – os filhos e os meus amigos. Pouco a pouco, comecei a amar o próprio Cristo, sem que me tivesse apercebido”, contou à agência Ecclesia.
A representante da Conferência Internacional Católica do Escutismo no Sínodo 2018, dedicado às novas gerações, diz que teve de enfrentar a oposição da sua família neste processo de conversão, mas foi recebida “sem discriminação” no seio das atividades escutistas, quando ainda era muçulmana.
Hoje, no Sínodo, recebeu “elogios e encorajamentos” à sua intervenção. “Foi a primeira vez que assisti a um acontecimento destes, na primeira vez que venho à Europa. Mas, adaptei-me ao ritmo dos trabalhos, com os grupos linguísticos e as reuniões gerais. Procurei dar o meu melhor, para fazer passar a mensagem que queria passar, em nome dos escuteiros e dos jovens”, relatou.
Para a jovem africana este Sínodo, como foi projetado pelo Papa, “tem os jovens no centro”, com espaço para as suas intervenções. “Queremos ter o nosso lugar, no centro da Igreja, que ela nos ouça, que tomem em consideração as nossas preocupações, dos que estamos cá e dos que não tiveram oportunidade de vir. Estamos aqui em nome de todos os jovens, representamos todos, e é em nome deles que manifestamos as nossas inquietações”, concluiu.
A reportagem do Sínodo dos Bispos é realizada em parceria para a Renascença, Agência Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis e Voz da Verdade.