28 nov, 2018 - 12:19
Os bispos da República Centro-Africana declararam um dia de luto e de oração naquele país, para o dia 2 de dezembro.
O apelo dos prelados daquele país africano surge após um período de aumento de violência, que teve a sua maior expressão no dia 15 de novembro, num massacre a católicos que se encontravam refugiados nas imediações de uma igreja em Alindao.
Cerca de 50 pessoas morreram, incluindo dois padres, num ataque da milícia muçulmana Seleka, em retaliação contra a morte de um muçulmano às mãos de membros dos Anti Balaka, a milícia composta sobretudo por cristãos e animistas.
Os bispos pedem aos fiéis e a todos os homens de boa vontade para “não observarem o feriado nacional do próximo dia 1 de Dezembro, como sinal de luto”. O dia 1 de dezembro assinala o Dia da República na República Centro-Africana.
Em vez disso, pedem os bispos, em todas as dioceses deve-se observar um Dia de Luto e de Oração nacional em memória das vítimas no dia seguinte, domingo, 2 de dezembro.
“As ofertas de todas as missas dominicais serão destinadas aos sobreviventes dos massacres”, dizem os bispos, numa nota enviada à Renascença por missionários combonianos, que têm uma forte presença naquele país.
A Igreja Católica tem sido firme na sua condenação à violência na República Centro-Africana, chegando ao ponto de dizer que os membros das milícias Anti Balaka não se devem apelidar de cristãos. O cardeal Dieudonné Nzapalainga, de Bangui, tem-se juntado frequentemente ao imã Omar Kobine Layama, líder da comunidade islâmica, para apelar à paz e à convivência pacífica entre religiões.