06 jan, 2019 - 11:17 • Redação com Ecclesia
O Papa Francisco perguntou aos católicos de todo o mundo se, no Natal, ofereceram “algum presente a Jesus”, pela sua festa, ou apenas trocaram presentes entre si, esquecendo os mais necessitados.
“Se fomos ter com o Senhor de mãos vazias, hoje podemos remediar. Com efeito, o Evangelho contém por assim dizer uma pequena lista de prendas: ouro, incenso e mirra”, assinalou, na homilia da Missa da solenidade da Epifania, conhecida popularmente como Dia de Reis, a que presidiu na Basílica de São Pedro.
Francisco explicou que o ouro simboliza a necessidade de “adorar” Deus, acima de tudo, e que o incenso representa a oração, a relação com o divino; já a mirra evoca o cuidado com quem sofre.
O Papa apelou ainda a que a luz de Deus não se confunda com as luzes do mundo. "A luz de Deus não vai para quem brilha de luz própria. Deus propõe-Se, não Se impõe; ilumina, mas não encandeia. É sempre grande a tentação de confundir a luz de Deus com as luzes do mundo"
Francisco avisou que não se podem virar os holofotes para o lado errado. "Quantas vezes corremos atrás dos clarões sedutores do poder e da ribalta, convencidos que prestamos um bom serviço ao Evangelho. Mas, assim, voltamos os holofotes para o lado errado, porque Deus não estava lá. A sua luz amável resplandece no amor humilde. Além disso, quantas vezes tentamos, como Igreja, brilhar de luz própria! Mas, não somos nós o sol da humanidade; somos a lua que, mesmo com as suas sombras, reflete a luz verdadeira, o Senhor: Ele é a luz do mundo. Ele, não nós."
O Papa refletiu sobre o significado da celebração da Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’. Francisco convidou a “imitar os Magos”, que souberam colocar-se a caminho para entrar na “casa” de Jesus, seguindo depois “outro caminho”, após este encontro.
Antes da homilia, seguindo a tradição, foi anunciada solenemente, em latim, a data da Páscoa deste ano (21 de abril) e as festas litúrgicas que lhe estão associadas, em datas móveis, como a quarta-feira de Cinzas (6 de março) ou o Corpo de Deus (20 de junho).