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​JMJ 2019

Cardeal patriarca de Lisboa considera “fundamental” escutar os jovens

23 jan, 2019 - 22:59 • Ecclesia

“Deixemos a surpresa para o tempo dela”, disse D. Manuel Clemente sobre eventual Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa.

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O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, afirmou esta quarta-feira, no Panamá, que numa Jornada Mundial da Juventude (JMJ) “vale o todo”, o ambiente, e que a Igreja está a “tentar dar outro protagonismo” aos jovens.

“Não se trata de fazer atividades para os jovens, mas eles próprios como membros da Igreja que são, e uma parte muito importante, sejam realmente protagonistas”, disse D. Manuel Clemente, aos jornalistas, na Paróquia de Cristo-Rei no Panamá, onde apresentou uma catequese aos participantes de língua portuguesa.

O cardeal patriarca explicou que não se pretende que os jovens recebam aquilo que se possa “oferecer”, mas “dar todo o espaço para que, “no que lhes é próprio”, as coisas aconteçam.

Neste contexto, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa realçou que a reconfiguração necessária é, “sobretudo, ouvir mais, porque é uma atitude” e como antigo escuteiro realçou que “é fundamental” o ‘ask the boy’ (perguntar ao miúdo) do método escutista

“Às vezes, com muito boa vontade, não estamos em sintonia com aquilo que é o seu sentimento próprio, da época que é deles”, acrescentou.

D. Manuel Clemente, que está a participar na JMJ 2019, no Panamá, com mais cinco bispos portugueses, contextualiza que na história da jornada da juventude Portugal tem sido “muito impulsionado” pelos movimentos juvenis, que “vão singrando com uma força grande, crescente”.

Neste âmbito, lembrou que o Patriarcado de Lisboa, com toda a conferência episcopal, apresentou uma candidatura para receber a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, em 2022, e “agora” resta esperar “o que o Papa Francisco vai anunciar na Missa de encerramento, este domingo.

O envolvimento de instituições públicas também “está previsto” numa eventual edição internacional na capital portuguesa, uma vez que “é necessário o assentimento das estruturas civis” para receber este evento.

“É realidade multitudinária. Sendo em Portugal e com os amigos espanhóis ao lado, vai ultrapassar um milhão [de participantes], só se faz com o consentimento das estruturas civis”, realçou D. Manuel Clemente antes da catequese que apresentou hoje a peregrinos de língua portuguesa no Panamá.

“Deixemos a surpresa para o tempo dela”, acrescentou.

A 34.ª JMJ com o tema ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra’ começou esta terça-feira; hoje, o Panamá celebra a chegada do Papa Francisco.

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