23 jan, 2019 - 00:00
É a segunda vez que participo numa Jornada Mundial da Juventude. Em 2016, em Cracóvia, na Polónia, tocou-me muito o espírito que se vive entre peregrinos vindos de tantos países e continentes. Todos professam a mesma fé e querem ouvir o que o Papa tem a dizer aos jovens neste tempo em que a participação de todos na sociedade é muito importante.
Assim que soube que a JMJ seguinte seria no Panamá, decidi que faria o possível para vir.
Por proposta do meu pároco, o padre Nuno Westwood, eu e uma amiga, acompanhadas por ele, decidimos participar na Pré-Jornada na Costa Rica. Ficámos na diocese de Limón, na paróquia de Guápiles, a cerca de duas horas da capital San José. Estivemos com peregrinos do México, Argentina, Peru Brasil. Dedicamos um dos dias a conhecer a realidade do local. Visitamos um orfanato, uma escola, um lar e uma casa que acolhe familiares de pessoas que estão doentes e tem de se deslocar para fazer tratamentos. Também visitámos o Parque Nacional de Tortuguero e passamos um dia com as famílias que nos acolheram.
O momento mais emocionante aconteceu quando todos os peregrinos que estavam naquela diocese se juntaram para um encontro com o bispo. Depois da missa, houve um momento de festa, com música, máscaras e chapéus.
No fim, saí para atender o telefone e quando voltei foi incrível. Em profundo silêncio mais de 300 jovens adoravam o Santíssimo: todos tinham parado para adorar a Deus. Alguns choravam, outros estavam completamente prostrados diante da grandiosidade do que ali estava a acontecer. Também havia quem rezasse o terço.
Impressionou-me a fé das pessoas na Costa Rica. Sempre que alguém falou comigo, no fim despediu-se com um "Deus te acompanhe".
No mesmo dia, e graças um furo no pneu do autocarro, mudámos para um mais pequeno, que nos permitiu fazer uma grande festa na viagem. Um tempo de alegria que não vou esquecer.
A viagem até ao Panamá foi longa: depois de 22 horas, seis das quais para passar a fronteira, chegámos à cidade que vai acolher a Jornada Mundial da Juventude.
A celebração de abertura começa daqui a pouco. Quero muito ouvir com atenção o que o Papa nos dirá para poder viver com coerência no dia-a-dia.
Carolina Borges, 19 anos