24 jan, 2019 - 00:50 • Ana Catarina André, na Cidade do Panamá
José, 70 anos, está sentado há mais de cinco horas, no mesmo local onde, em 1983, esperou João Paulo II. “Estava muito menos gente nessa altura, mas foi emocionante. Hoje cheguei aqui ao meio dia. É uma grande alegria receber o Papa Francisco”, conta o panamiano, sublinhando que a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um momento histórico para o país.
Na Via España, umas das principais avenidas da Cidade do Panamá, centenas de pessoas aguardam a passagem de Francisco. “Esta es la juventud del Papa”, canta um grupo da Costa Rica.
Um peruano que está junto às baias procura antecipar o momento, dizendo repetidas vezes: ‘aí viene, aí viene’.
Nas fachadas dos edifícios, repetem-se mensagens de boas-vindas: “Papa Francisco y peregrinos, Panamá los saluda”, “Llega el Papa Francisco”.
Apesar da festa, há muita gente que não esquece a atual crise política na Venezuela. Numa varanda ali perto, um grupo de peregrinos segura uma faixa onde se lê “SOS Venezuela”.
Ao fundo da avenida já se avista o Papa móvel. Os aplausos intensificam-se. Há quem acene, quem dê pulos de alegria e quem exiba as bandeiras dos seus países.
De telemóveis na mão todos tentam fotografar e filmar o Papa.
O momento dura menos de um minuto, mas deixa atrás de si uma multidão exultante que dança e canta pelas ruas.
Um jovem brasileiro confessa estar ansioso por novos encontros com o Papa. O próximo será já esta quinta-feira, com a celebração de boas-vindas. “Será maravilhoso”, antecipa.