25 jan, 2019 - 19:59 • Aura Miguel, enviada especial ao Panamá, com redação
O reitor do Santuário de Fátima, o padre Carlos Cabecinhas, acompanhou esta sexta-feira a imagem peregrina de Nossa Senhora a um estabelecimento prisional com mais de 600 reclusas, no Panamá.
Tratou-se de um “momento marcante” da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), afirma o padre Carlos Cabecinhas em declarações à Renascença.
“Nós tivemos uma oportunidade, que marca esta visita, de ir a uma prisão feminina da Cidade do Panamá, onde fomos recebidos pelas reclusas que mostraram uma enorme devoção no acolhimento da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima”, conta o reitor do Santuário de Fátima.
As reclusas “manifestaram uma alegria e uma comoção enorme” e estiveram “diante da imagem de Nossa Senhora a rezar, muitas vezes comovidas e em lágrimas pedindo ajuda para a sua vida”.
A visita acontece no dia em que o Papa Francisco se deslocou a um centro de detenção para jovens.
Nestas declarações à Renascença, o padre Carlos Cabecinhas destaca a dimensão inclusiva da Jornada Mundial da Juventude.
“Manifesta essa dimensão da necessária atenção àqueles que estão excluídos, nas periferias, que é um tema tão caro ao Papa. Por isso, o Papa começa estas jornadas com uma visita a uma prisão masculina. Aqui, é o próprio arcebispo do Panamá que dá o sinal na missa de abertura dizendo: ‘estas jornadas têm que estar abertas aos excluídos’. Ora, os mais excluídos são estas pessoas”, sublinha.
“A vista àquele cárcere permitiu às reclusas um momento intenso de oração, espiritualidade, mas também de festa, alegria, puderam rezar, cantar, manifestar a sua enorme devoção a Nossa Senhora e, para nós que acompanhámos esta visita, é um dos momentos marcantes desta Jornada”, reforça o reitor do Santuário de Fátima.
A Arquidiocese do Panamá anunciou esta semana uma indulgência plenária aos participantes na Jornada Mundial da Juventude que rezarem diante da primeira imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima.