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Jornada Mundial da Juventude

Jovens não são o futuro, mas o “agora” de Deus, diz o Papa

27 jan, 2019 - 13:47 • Filipe d'Avillez , Aura Miguel (enviada ao Panamá)

Francisco exortou os presentes na missa final da Jornada Mundial da Juventude a crerem num Deus próximo e real em vez de um senhor distante e que não incomode.

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Jovens não são o futuro, mas o “agora” de Deus, diz o Papa
A homilia do Papa na missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, no Panamá

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O Papa Francisco pediu este domingo aos jovens reunidos para celebrar com ele a missa final da Jornada Mundial da Juventude que não adiem os planos que Deus tem para eles, dizendo que eles não são o futuro, mas o “agora” de Deus.

Na homilia da missa que teve lugar no Campo São João Paulo II, no Panamá, Francisco lançou o apelo. “Vós, queridos jovens, não sois o futuro, mas o agora de Deus. Ele convoca-vos e chama-vos, nas vossas comunidades e cidades, para irdes à procura dos avós, dos mais velhos; para vos erguerdes de pé e, juntamente com eles, tomar a palavra e realizar o sonho com que o Senhor vos sonhou.”

“Não amanhã; mas agora! Pois, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração e, aquilo que vos enamora, conquistará não apenas a vossa imaginação, mas envolverá tudo. Será aquilo que vos faz levantar de manhã e incita nos momentos de cansaço, aquilo que vos abrirá o coração enchendo-o de maravilha, alegria e gratidão.”

“Senti que tendes uma missão e apaixonai-vos por ela, tudo dependerá disto. Poderemos ter tudo; mas, se falta a paixão do amor, faltará tudo! Deixemos que o Senhor nos faça enamorar!”, disse Francisco, concluindo: “Irmãos, o Senhor e a sua missão não são um ‘entretanto’ na nossa vida, qualquer coisa de passageiro: são a nossa vida!”

Um Deus próximo e real

O Evangelho deste domingo narra uma passagem em que Jesus se levanta para ler na sinagoga de Nazaré, onde cresceu, e acaba por dizer aos que o ouvem que acaba de se revelar a profecia que leu. Contudo, os seus conterrâneos, que o conheciam desde novo, mostram-se incrédulos.

Segundo o Papa Francisco, também hoje se corre o risco de fazer o mesmo. “Nem sempre acreditamos que Deus possa ser tão concreto no dia-a-dia, tão próximo e real, e menos ainda que Se faça assim presente agindo através de alguém conhecido, como um vizinho, um amigo, um parente. Nem sempre acreditamos que o Senhor nos possa convidar a trabalhar e meter as mãos na massa juntamente com Ele no seu Reino de forma tão simples, mas incisiva.”

“Não é raro comportarmo-nos como os vizinhos de Nazaré, preferindo um Deus à distância: magnífico, bom, generoso, mas distante e que não incomode. Porque um Deus próximo no dia-a-dia, amigo e irmão pede-nos para aprendermos proximidade, presença diária e, sobretudo, fraternidade. Ele não quis manifestar-Se de modo angélico ou espetacular, mas quis dar-nos um rosto fraterno e amigo, concreto, familiar. Deus é real, porque o amor é real; Deus é concreto, porque o amor é concreto”, disse Francisco.

E é precisamente esta “dimensão concreta do amor aquilo que constitui um dos elementos essenciais da vida dos cristãos”, concluiu o Papa.

Próxima JMJ é em Portugal

Ainda na missa final desta Jornada Mundial da Juventude, o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, anunciou formalmente o local da próxima JMJ, que se vai realizar em Portugal, em 2022.

A Renascença sabe que a Jornada será no verão.

A JMJ é um evento que reúne centenas de milhares, ou em alguns casos milhões, de jovens de todo o mundo e que, desde o seu início, tem contado sempre com a presença do Papa.

O evento foi criado por João Paulo II. Bento XVI presidiu a três jornadas, em Colónia, Austrália e Madrid e esta JMJ no Panamá é a terceira de Francisco, que esteve também presente em Cracóvia e no Rio de Janeiro.

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