27 jan, 2019 - 22:05 • Filipe d'Avillez , Aura Miguel (enviada ao Panamá)
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Antes de deixar o Panamá, onde esteve a participar na Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco fez questão de se reunir com os voluntários do encontro, para agradecer a sua generosidade.
Aos voluntários o Papa agradeceu os sacrifícios feitos para poderem estar presentes, dizendo que Deus não deixará de retribuir. “Sempre que adiamos um gosto nosso pelo bem dos outros, especialmente dos mais frágeis, ou das nossas raízes como são os nossos avós e idosos, o Senhor no-lo devolve na proporção de cem por um. Porque, em generosidade, ninguém O pode vencer; no amor, ninguém O pode superar”, disse.
A missão dos voluntários, acrescentou o Papa, sobrepõe-se às suas próprias fraquezas. “Aqui está a maravilha de nos sentirmos enviados, a alegria de saber que, apesar de todos os inconvenientes, temos uma missão a cumprir. Não deixemos que as limitações, as fraquezas e mesmo os pecados nos bloqueiem e impeçam de viver a missão, porque Deus chama-nos a fazer o que podemos e a pedir o que não podemos, sabendo que o seu amor nos agarra e transforma progressivamente. Se colocares em primeiro lugar o serviço e a missão, verás que o resto vem por acréscimo.”
Para que tudo corra bem não basta apenas o esforço e a vontade, considerou Francisco. É importante o diálogo com Deus. “A oração dá espessura e vitalidade a tudo o que fazemos. Rezando, descobrimos que fazemos parte duma família maior de quanto possamos ver e imaginar. Rezando, ‘abrimos o jogo’ à Igreja que nos apoia e acompanha do Céu, aos santos e santas que nos apontaram o caminho, mas sobretudo ‘abrimos o jogo’ a Deus.”
A próxima Jornada Mundial da Juventude será em Lisboa, o anúncio foi feito este domingo de forma oficial. Francisco disse aos jovens que o Papa estará presente em 2022, mesmo que não seja ele. “Não sei se estarei na próxima JMJ, mas Pedro estará lá certamente e vos confirmará na fé. Continuai para diante com força e coragem e, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.”
Um abraço de Portugal
Antes de falar, Francisco escutou o testemunho de três desses voluntários, incluindo uma portuguesa, Maria Margarida, que fez questão de transmitir ao Papa "um abraço de Portugal".
A voluntária fez questão de referir que foi de Portugal que partiram as caravelas para espalhar a fé em Cristo por todo o mundo e disse que em 2022 "Lisboa e o rio serão de novo um horizonte de fé e de esperança".
"Temos sempre connosco o sucessor de Pedro, é verdade. Mas quando em 2022 rezarmos em Lisboa em todas as línguas e pediremos para sermos confirmados na nossa fé por Sua Santidade o Papa Francisco, sabemos que vivermos um momento único de graça, que desde já agradecemos", disse Maria Margarida, antes de ir cumprimentar pessoalmente o Papa.