13 mar, 2019 - 00:58 • Redação, com Reuters
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O cardeal australiano George Pell, antigo conselheiro económico do Papa Francisco, foi esta quarta-feira condenado a seis anos de prisão por abuso sexual de dois menores.
Na leitura da sentença, o juiz Peter Kidd, do tribunal de Victoria, na Austrália, afirmou que a conduta do prelado, de 77 anos, foi “pautada pela arrogância”.
“No cômputo geral, considero que a sua culpa moral nos dois casos é elevada”, declarou o magistrado, para quem o religioso poderá passar o que resta da sua vida na cadeia.
O cardeal George Pell reclama inocência dos crimes de que foi agora condenado. Os seus advogados apresentaram um recurso, que vai ser analisado em junho.
O antigo conselheiro económico do Papa é a principal figura da Igreja Católica a ser condenada por abuso sexual de menores, em dois casos que remontam à década de 90.
Os abusos contra dois rapazes de 13 anos aconteceram depois de uma missa de domingo, no final de 1996 e no início de 1997, na catedral de S. Patrício, em Melbourne, onde George Pell era arcebispo.
O prelado foi considerado culpado de quatro acusações de ato indecente e um de penetração sexual.
O juiz decidiu, ainda que o cardeal não poderá pedir liberdade condicional durante um período de três anos e oito meses.
O nome de Pell ficará para toda a vida no registo de abusadores sexuais.