23 mar, 2019 - 19:26 • Redação
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A Irmandade dos Clérigos decidiu, neste sábado à tarde, enviar um donativo de 50.000 euros para apoiar as famílias atingidas pelo ciclone Idai em Moçambique.
“Temos o dever de apoiar este povo irmão nesta hora difícil. As notícias que nos chegam são de uma tragédia sem precedentes naquela região africana, com mais de três milhões de pessoas afetadas e já cerca de cinco centenas de vidas perdidas, só em Moçambique”, justifica o presidente da Irmandade, padre Américo Aguiar.
“Temos todos, dentro das nossas possibilidades, que dar o nosso melhor para minimizar os graves danos que este ciclone provocou. Entregamos por isso esta ajuda material aos senhores bispos de Moçambique, para que, com o seu sentido pastoral, possam ajudar no terreno os deslocados e desalojados nestes primeiros dias e numa altura que estão a escassear bens de primeira necessidade”, concretiza num comunicado enviado à Renascença, grupo que também preside.
Américo Aguiar espera assim que “o sofrimento [dos moçambicanos] possa ser ligeiramente aligeirado” e adianta que a Irmandade dos Clérigos, em conjunto com o bispo do Porto, D. Manuel Linda, está a acompanhar “as diversas necessidades ocorridas no território moçambicano”.
“É nos momentos difíceis que todos devemos agir para além das nossas possibilidades. Do alto da Torre dos Clérigos, do alto deste Porto de que somos ‘ex-libris’, temos que gritar SOLIDARIEDADE com Moçambique, conclui o padre Américo Aguiar.
O último balanço, avançado este sábado, aponta para 417 mortos no centro de Moçambique em resultado do ciclone Idai, segundo o ministro do Ambiente e do Território, Celso Correia.
Citado pela agência Reuters, o mesmo governante diz que a situação no país está a melhorar aos poucos, mas que continua a ser crítica.
Portugal e, em concreto, a Igreja portuguesa está empenhado na ajuda a Moçambique. O Santuário de Fátima, por exemplo, vai enviar um donativo de 15 mil euros através da Cáritas Portuguesa.
Este sábado, aterrou na cidade da Beira o segundo avião C-130 da Força Aérea Portuguesa com apoio português às operações de socorro às vítimas.