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Papa e rei marroquino querem Jerusalém como património comum da humanidade

30 mar, 2019 - 15:36 • Aura Miguel (em Marrocos), Inês Rocha

Francisco e rei Mohammed VI apelam a que "seja garantida a plena liberdade de acesso aos fiéis das três religiões monoteístas e o direito de cada uma exercer o seu próprio culto".

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O Papa Francisco e o rei de Marrocos, Mohammed VI, "chefe dos crentes" da religião muçulmana, apelam, num comunicado conjunto, a que a cidade de Jerusalém seja preservada como património comum da humanidade e que ali seja garantida a plena liberdade de acesso aos fiéis das três religiões monoteístas.

"Consideramos importante preservar a Cidade Santa de Jerusalém como património comum da humanidade, sobretudo para os fiéis das três religiões monoteístas, como lugar de encontro e símbolo de coexistência pacífica, em que se cultivam o respeito mútuo e o diálogo. Para esse fim, devem ser conservados e promovidos o carácter específico multi-religioso, a dimensão espiritual e a peculiar identidade cultural de Jerusalém", lê-se no comunicado, assinado pelos dois responsáveis religiosos.

"Desejamos, por conseguinte, que na Cidade Santa seja garantida a plena liberdade de acesso aos fiéis das três religiões monoteístas e o direito de cada uma exercer o seu próprio culto, para que em Jerusalém se eleve uma oração a Deus, criador de todos, por parte dos seus fiéis, para um futuro de paz e de fraternidade sobre a terra".

A situação de Jerusalém é uma das questões mais difíceis para a solução do conflito israelo-palestiniano.

A 6 de dezembro de 2017, o presidente dos Estados Unidos anunciou a intenção de mudar a embaixada americana de Telavive para Jerusalém - uma maneira simbólica de reconhecer a cidade como capital do Estado hebraico. A embaixada foi inaugurada a 14 de maio de 2018 e a decisão já foi entretanto seguida pela Guatemala.

A Roménia foi o último país a anunciar que vai mudar a embaixada de Telavive para Jerusalém e vários outros manifestaram a intenção de o fazer, como o Brasil de Bolsonaro.

A ONU considera que esta questão deve ser acordada entre israelitas e palestinianos e que, entretanto, as capitais não devem estabelecer a sua representação diplomática em Jerusalém.

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