14 mai, 2019 - 16:24 • Aura Miguel
O Papa Francisco convida jovens licenciados e também estudantes de economia e de gestão para um encontro de três dias, em Assis, já daqui a um ano para pensar num novo modelo Económico, a nível mundial.
A iniciativa foi explicada esta terça-feira em conferência de imprensa no Vaticano.
O futuro da Economia preocupa o Papa desde sempre, sendo dele a famosa expressão “esta economia mata”. Em vários textos e entrevistas Francisco falou sobre o assunto. Mas agora o Papa foi mais longe e em vez de apenas criticar os excessos do modelo económico, quer promover a mudança.
O convite é feito às universidades – católicas e outras – para se “aprofundar o conceito de Economia social, que não tem nada a ver com uma economia socialista, mas sim perceber que economia serve o homem”, como explicou o cardeal Turkson na conferência de imprensa desta manhã.
O responsável pelo sector do Vaticano para o desenvolvimento integral, sublinha que “o Papa defende uma economia inclusiva que não deixe ninguém de fora” e que esta preocupação de “uma economia ao serviço de todos e do bem comum já foi apresentada pela Santa Sé no passado Fórum Económico mundial em Davos na Suíça”.
Mas é preciso mudar mentalidades e, daí, a aposta do Papa nas novas gerações.
O encontro reunirá 500 jovens, entre estudantes, licenciados e empresários de todo o mundo, na cidade de Assis, em 2020, de 26 a 28 de março.
“O facto de ser em Assis é já uma forte mensagem” disse o professor de Economia Luigino Bruno, organizador do encontro, que recorda a preocupação social dos franciscanos, ao serviço de todos, desde a idade média.
O título do encontro, “A Economia de Francisco”, é igualmente sugestivo, uma vez que remete para as preocupações do Papa mas também para o exemplo do “Poverello de Assis”, São Francisco, no qual Bergoglio se inspira.