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Proteção de menores. Comissão de Évora dá os primeiros passos

15 jul, 2019 - 12:21 • Rosário Silva

Apesar de não haver registo de qualquer queixa na arquidiocese, o assistente espiritual da nova comissão alerta para o facto de "não estar livre que algumas dessas circunstâncias possam vir a ter lugar”.

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A nova Comissão de Proteção e Segurança de Menores da arquidiocese de Évora vai atuar no âmbito da prevenção e o “que vai fazer em primeiro lugar é formação e informação”, informa o cónego Silvestre Marques.

O vigário judicial do Tribunal Interdiocesano, também responsável pelo Departamento Sócio Caritativo da arquidiocese, foi nomeado assistente espiritual da nova comissão e refere como prioridade “uma formação de base que os ministros e os agentes da pastoral têm já à partida”, admitindo, contudo, a necessidade de “uma atualização constante”, sendo “essa que a comissão poderá promover.”

Em declarações à Renascença, o cónego Silvestre Marques esclarece que “não serão, necessariamente, os membros da comissão, os agentes dessa formação, mas cabe-lhes a eles, juntamente com o bispo, preparar aqueles instrumentos de atualização e formação que se requerem, hoje em dia, para as situações que estão no terreno.”

No final de maio, o arcebispo de Évora anunciou a criação de uma comissão arquidiocesana destinada a lidar com a problemática da pedofilia dentro da Igreja, “embora com funções mais amplas, para criar uma cultura de segurança”.

Na ocasião, D. Francisco Senra Coelho garantia que na arquidiocese “não há registo de qualquer denúncia”, esclarecendo, por outro lado, que esta comissão vai ser mais do que uma “gestora de crises”, tendo uma “vertente de investigação”, sempre em colaboração com “forças de segurança e com o Ministério Público.”

Embora seja este o panorama, o assistente espiritual da comissão arquidiocesana, alerta para o facto de “não estarmos livres que algumas dessas circunstancias possam vir a ter lugar”.

“É com pessoas preparadas, com pessoas formadas e com as instâncias de vidas para acompanhar a solução desses problemas, que nós podemos ir ao encontro, de maneira adequada, a essas problemáticas”, sublinha o cónego Silvestre Marques.

“Portanto, a comissão tem aqui este papel fundamentalmente de prevenção e enquanto tal, de formação e preparação do clero, sacerdotes, diáconos e outros agentes da pastoral”, acrescenta.

Além do cónego Silvestre Marques, integram a Comissão Arquidiocesana de Proteção e Segurança de Menores, o juiz conselheiro, José Maria da Silva, Constança Biscaia, professora de psicologia da Universidade de Évora e Custódio Moreira, antigo inspetor da Policia Judiciária.

“É uma comissão pequena, mas para já reunimos estas três grandes áreas que nos parecem importantes”, esclarece, ainda, o sacerdote, lembrando que o “arcebispo de Évora dá apenas cumprimento à disposição do Papa Francisco e também da própria Conferencia Episcopal Portuguesa.”

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