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Moçambique. Cáritas inicia reconstrução de casas

31 jul, 2019 - 14:47 • Ângela Roque

Instituição católica vai começar a reconstruir as habitações que ficaram destruídas e espera ajudar 13.500 famílias. A contribuição portuguesa ronda os 450 mil euros.

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Depois da ajuda de emergência atribuída a Moçambique, assegurada logo após a passagem dos ciclones Idaí e Kenneth pelo país, a Cáritas vai começar a reconstruir as habitações que ficaram destruídas no desastre e espera ajudar 13.500 famílias.

“A ajuda da Cáritas ao povo moçambicano nunca se poderia esgotar na fase de emergência e esta segunda etapa é também muito importante”, sublinha o presidente da Cáritas Portuguesa, a propósito do arranque da nova fase da campanha de reconstrução de casas, anunciada esta quarta-feira.

Para Eugénio Fonseca, “agora é o momento de dar às pessoas que foram vítimas desta catástrofe um sinal claro de esperança. Depois da resposta imediata, esta é a resposta que lhe vai dar uma nova oportunidade de futuro, de poderem planear as suas vidas para além do Ciclone”.

A campanha ‘Cáritas Ajuda Moçambique’ foi lançada logo após a passagem do ciclone Idaí, no início de março, de cuja devastação o país não tinha ainda recuperado quando, no final de abril, foi atingido pelo ciclone Kenneth. “Passaram quatro meses e hoje a Cáritas dá mais um passo no trabalho que está a realizar para apoiar as vítimas desta catástrofe”, anunciou a instituição em comunicado.

A fase de reconstrução vai decorrer num prazo de 12 meses em quatro das províncias afetadas: Sofala, Manica, Zambézia e Cabo Delgado, com um orçamento global de mais de 2 milhões e 317 mil euros. A contribuição da Cáritas Portuguesa no projeto global será de 450 mil euros, num apoio que se estima chegue a mais de 5 mil famílias, em três linhas de atuação: agricultura e meios de subsistência, água e saneamento, e habitação.

“Queremos agradecer a prontidão da Cáritas Portuguesa e de todo o povo português que, mais uma vez, foi imediato na resposta de apoio que nos ajuda a minimizar o sofrimento de todos os que foram vítimas das cheias e dos Ciclones”, sublinhou já Santos Gotine, diretor da Cáritas Moçambicana.

Também Eugénio Fonseca agradeceu “a todos os portugueses, particulares e empresas, que de forma rápida e generosa, nos permitiram devolver dignidade e esperança às muitas vítimas deste Ciclone. A todos expressamos de uma forma muito clara o nosso muito obrigada!”, lembrando que a ajuda continua a ser necessária.

Durante a fase de resposta à situação de emergência, até ao final de junho, a Cáritas Moçambicana prestou assistência a cerca de 27.500 pessoas, com a distribuição de lonas, kits de cozinha, higiene e abrigo, nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Cabo Delgado. Esta resposta foi dada com o apoio da rede internacional da Cáritas, na qual se integra a Cáritas Portuguesa.

O apoio à população de Moçambique pode ser feito através do Fundo de Emergências Internacionais da Cáritas Portuguesa.

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