01 ago, 2019 - 11:45 • Rosário Silva
A arquidiocese de Évora acaba de divulgar o programa da partida dos monges da Cartuxa Scala Coeli de Évora, depois de ter sido conhecida, recentemente, a decisão do Capítulo Geral da Ordem Cartusiana de que não é possível continuar a manter, na cidade, a sua presença.
Segundo o programa da partida dos quatro Monges que ainda habitam o Mosteiro Scala Coeli (Escada do Céu), a que a Renascença teve acesso, as celebrações vão decorrer no inicio do próximo mês de outubro.
Assim, a 6 de outubro, data em que a Ordem Cartusiana celebra a Solenidade do seu fundador, S. Bruno, na igreja de São Francisco, em Évora, a partir das 17h, sob a presidência do arcebispo, D. Francisco José Senra Coelho, vai ser celebrada a Eucaristia, durante a qual decorre a ordenação presbiteral do diácono Paulo Fonseca, de 52 anos de idade e antigo membro da Cartuxa de Évora, onde viveu 5 anos.
“Depois de ter deixado a Cartuxa, o diácono Paulo Fonseca completou a sua formação no Seminário Maior de Évora, no Instituto Superior de Teologia de Évora e na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, onde concluiu o Mestrado Integrado em Teologia”, refere a nota da arquidiocese.
No dia seguinte, a 7 de outubro, Festa de Nossa Senhora do Rosário, o neo-sacerdote Paulo Fonseca “celebrará, a nível interno, no Mosteiro Scala Coeli, a Missa de Acção de Graças, com a Comunidade Cartusiana.”
A população vai poder associar-se às celebrações a 8 de Outubro, o dia de Santo Artoldo (Festa celebrada na Ordem Cartusiana), na igreja renascentista do Mosteiro Scala Coeli, onde a partir das 18h30, o arcebispo de Évora presidirá à missa de despedida dos monges.
“A clausura será aberta a todos os fiéis”, acrescenta o comunicado do departamento de comunicação arquidiocese.
Os quatro monges da Ordem da Cartuxa que ainda vivem em clausura na periferia de Évora, vão mudar-se para Espanha, até ao final deste ano. Um anuncio feito, na ultima semana, pelo arcebispo de Évora, que na ocasião lamentou “a perda para a vida consagrada em Portugal”, mas assegurando a vontade de manter o lugar para uma congregação monástica de clausura.