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Jornadas da Pastoral Social

Plataforma de Apoio aos Refugiados pede ao Estado "soluções positivas"

23 out, 2019 - 17:57 • Teresa Paula Costa

"Não basta apenas ficar bem na fotografia política, é preciso apoiar quem, no terreno, está a construir comunidades de hospitalidade", diz André Costa Jorge.

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O coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) pediu esta quarta-feira ao Estado português e, em particular, ao Governo prestes a tomar posse que assuma os seus compromissos para com as instituições envolvidas no acolhimento de refugiados.

À margem das jornadas da Pastoral Social, a decorrer em Fátima, André Costa Jorge lembrou que o Governo já se comprometeu em receber mais refugiados, mas lamentou que o facto de muitas vezes a PAR e outras instituições sentirem "que não existe o devido apoio e acompanhamento por parte do Governo e do Estado português".

O coordenador revelou que "há, muitas vezes, incapacidade de cumprir as obrigações que o Estado tem de ter com as pessoas, em primeiro lugar, e também com as instituições que fazem o acolhimento". Também lamentou que não exista "capacidade de apoiar efetivamente para além daquilo que a União Europeia já promove, a quota parte de responsabilização do Estado português nesta matéria".

Neste contexto, André Costa Jorge lembra que "não basta apenas ficar bem na fotografia política, é preciso apoiar quem, no terreno, está a construir comunidades de hospitalidade".

"Agora até há uma secretaria de Estado das Migrações e estamos na expectativa de poder encontrar soluções positivas. Achamos que são possíveis", defende o coordenador da PAR.

Perante uma plateia essencialmente composta por pessoas ligadas a instituições da Igreja Católica, André Costa Jorge pediu que o empenho no acolhimento de refugiados continue, até porque, quatro anos depois de Portugal ter recebido os primeiros refugiados, ainda há muito por fazer.

Neste momento, adiantou, a PAR está a dar prioridade à criação de novos espaços de acolhimento "no sítio onde já estão instaladas famílias de refugiados", para aumentar a sua "dimensão e o mínimo de comunidade que deva ser aumentado, para que as pessoas também tenham níveis de conforto".

Desde 2015, Portugal recebeu mais de 1.500 refugiados. Muitos deles decidiram seguir para outros países, mas há casos de sucesso em Portugal e são esses que a PAR quer replicar, agora que o país se disponibilizou para acolher mais refugiados.

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