23 nov, 2019 - 12:04 • Aura Miguel
O ponto alto da visita do Papa ao Japão acontece neste domingo, com o Francisco a viajar para Nagasáqui e Hiroxima, locais onde foram lançadas as bombas nucleares no final da Segunda Guerra Mundial.
Em Nagasáqui, o arcebispo que o acolhe, Joseph Mitsuaki Takami, de 73 anos, é sobrevivente do ataque nuclear de 9 de agosto de 1945. A sua mãe estava grávida e conseguiu sobreviver, mas vários membros da sua família morreram. Francisco vai deixar uma mensagem sobre as armas nucleares, exatamente no local do bombardeamento.
Há poucos dias, na mensagem vídeo enviada ao povo japonês, o Papa recordava “o sofrimento causado pela guerra” e disse mesmo que “usar armas nucleares é imoral”.
Francisco já alertou várias vezes para o poder devastador das armas nucleares durante o seu pontificado e, já neste sábado em Tóquio, disse aos bispos que “uma Igreja de mártires pode falar com maior liberdade, especialmente quando aborda questões urgentes como a paz e a justiça no nosso mundo”.
Em Nagasáqui e Hiroxima Francisco quer rezar “pelas vítimas do catastrófico bombardeamento destas duas cidades” e vai também dar voz “aos vossos próprios apelos proféticos em prol do desarmamento nuclear.”
Depois de celebrar missa em Nagasáqui, o Papa voa para Hiroxima onde, no Memorial da Paz, deixará uma nova mensagem.