25 nov, 2019 - 11:35 • Olímpia Mairos
O recentemente canonizado Frei Bartolomeu dos Mártires será a inspiração para o trabalho pastoral do novo bispo de Vila Real, D. António Augusto Azevedo.
O bispo vai começar, em janeiro, a visita pastoral à diocese no arciprestado Centro I, que compreende as paróquias de Vila Real e Sabrosa. O anúncio foi feito na reunião do conselho de presbíteros, a primeira presidida por D. António Augusto.
Recordando “o belo e significativo momento da canonização de São Bartolomeu dos Mártires que foi, ao tempo, bispo desta região”, e cuja “preocupação maior foi sempre o da renovação pastoral da Igreja do seu tempo”, o bispo de Vila Real revelou que a vida e missão do novo santo “servirá como fonte de inspiração e intercessão” para o trabalho pastoral dos próximos anos.
“Nesta diocese, todos, a começar pelo bispo, estamos envolvidos nesta missão. Sendo fiéis a uma bela tradição de quase cem anos, e gratos por tantos que deram a sua vida ao serviço desta Igreja, compete-nos tudo fazer para que esta missão seja plenamente cumprida”, afirmou o prelado.
No que concerne à missão, o bispo de Vila Real refere que “as atitudes de fundo, inspiradas no Evangelho, serão sempre as da proximidade e do acolhimento”.
“Assim, tal como São Bartolomeu percorreu longos e difíceis territórios para estar junto do clero e das comunidades, desejamos que as visitas pastorais, a começar em janeiro no arciprestado do Centro I, sejam momentos de presença do bispo junto das comunidades e oportunidades de encontro, de festa e revitalização das paróquias”, exemplificou.
D. António Augusto considera ainda que “a missão requer hoje um estilo sinodal. Um estilo proposto a todos, clero e leigos, que se distingue pela capacidade de escutar e pela coragem de falar com verdade; um estilo que brota da consciência que ninguém trabalha sozinho ou por conta própria, antes se empenha em promover a comunhão, a partilha e a entreajuda”.
Na primeira reunião do Conselho Presbiteral da Diocese Vila Real, presidida por D. António Augusto, foi também debatido o futuro do edifício do seminário diocesano. O prelado entende que “é uma questão da maior importância para a diocese”.
“Sou bispo da diocese apenas há quatro meses, mas reconheço que é necessário enfrentar esta questão e tomar decisões. Desde logo porque há propostas que carecem de uma resposta dentro de prazos razoáveis, mas julgo que mesmo que não existissem, a diocese precisaria de debater e resolver esta questão”, defendeu, realçando a importância da opinião dos sacerdotes na busca da melhor solução.
“Como é óbvio, não tenho soluções mágicas nem pré-concebidas, mas estou aberto a todos os contributos construtivos. No passado foram dados alguns passos mas o essencial está por fazer”, afirmou D. António Augusto, apontando a serenidade, a comunhão e o realismo como o caminho para o diálogo em busca da melhor solução.
Da reunião do conselho presbiteral saiu já a comissão que vai preparar as celebrações do centenário da criação da diocese, em 2022, e foram apresentadas várias propostas como a realização de um Sínodo Diocesano, a criação de um hino, um logótipo, peregrinações dos vários lugares da diocese ao coração da diocese e também a descentralização das comemorações.