20 dez, 2019 - 15:17 • Filipe d'Avillez
Todos os anos os bispos das diferentes dioceses portuguesas divulgam uma mensagem de Natal dirigida de forma especial aos seus fiéis.
Veja aqui, por ordem alfabética de diocese, o essencial de cada mensagem. Pode clicar nos links para ler as notícias completas sobre cada diocese.
Algarve: Na sua mensagem D. Manuel Quintas assinala que “só Jesus Cristo” enche o coração e a vida de alegria, de quantos se encontram com Ele. “Alegria que se renova e comunica, capaz de vencer a tristeza provocada por atitudes mesquinhas e comodistas, de vidas fechadas aos outros e sem lugar para os mais pobres”.
Angra: D. João Lavrador diz na sua mensagem de Natal que “para o ser humano que não sabe o que fazer com a vida, e por isso a maltrata, a desvaloriza, se apropria dela e se deleita em imprimir-lhe os sinais de morte, é urgente e imperioso conduzir a pessoa humana, em qualquer contexto cultural, religioso, social ou étnico para fazer o caminho até ao presépio onde se encontrará não só com a presença pessoal de Deus mas também com a resposta profunda embora velada ao sentido da existência humana".
Aveiro: “Na caminhada de José e de Maria escondem-se, hoje, os passos de muitas famílias. São muitas, infelizmente, as situações desconcertantes que se vivem nas famílias: hostilidade, abandonos, separações, carências”, escreveu D. António Moiteiro.
Beja: “Vinde festejar o Natal, participando com as vossas famílias nas celebrações litúrgicas, e estando atentos e solícitos aos que sofrem, aos que estão sós. Animai-os a virem à Igreja, convidai-os para a vossa mesa, para a vossa família, e a festa do Natal e o Ano Novo terão para vós o sabor da caridade e da verdade”, desafia D. João Marcos.
Braga: D. Jorge Ortiga aproveitou a sua mensagem para recordar os dramas de muitas famílias. “Há avós que são marginalizados e esquecidos na solidão das suas casas ou nos lares que os acolhem. Muitas pessoas vivem na tristeza pois a vergonha impede-as de comunicar e de sair dessas situações. Também as carências económicas motivam situações desumanas que nunca deveriam existir.”
Bragança-Miranda: D. José Cordeiro deseja a todos “um Santo Natal, celebrado e vivido na família e na comunidade, aberto aos mais pobres, aos doentes, aos sós e isolados, aos reclusos, aos migrantes, a todas a vítimas de tantos males e a todos os que precisam da nossa presença”.
Coimbra: “Precisamos de reencontrar o verdadeiro espírito do Natal na simplicidade, nas relações humanas, no coração, na espiritualidade e em tudo o que nos define enquanto pessoas que estão disponíveis para irem ao encontro do seu próximo”, diz D. Virgílio Antunes.
Évora: “Que a nossa criatividade pessoal e a criatividade das nossas comunidades cristãs vençam a rotina ou a inércia e percorram caminhos novos de encontros humanizadores”, são os votos de D. Francisco Senra Coelho.
Forças Armadas: “Nada nos pode destruir, nem debilitar porque Jesus Cristo, o Verbo de Deus, está dentro da nossa realidade humana, encontra-se em cada experiência da existência de cada homem e mulher”, escreve D. Rui Valério.
Funchal: D. Nuno Brás espera que Jesus “possa tocar hoje, com o seu amor e ternura” as vidas dos que mais sofrem, através do compromisso dos católicos. “Nascido em Belém, que, através de nós, Ele possa tocar hoje, com o seu amor e ternura, as vidas de tantos, — as vidas de todos, porque todos precisamos dele”.
Guarda: D. Manuel Felício salienta que “às vezes surge a tentação do abandono e até mesmo da rejeição das pessoas, sobretudo na primeira e na última das etapas da vida, ou porque vêm incomodar ou porque passaram a ser um peso” e adianta que “a mensagem do Menino de Belém é clara e diz-nos que a vida é sagrada em todas as suas etapas. Por isso, quer o aborto quer a eutanásia ou quaisquer outras formas de atropelo à vida não podem ter lugar em sentimentos verdadeiramente humanos”.
Lamego: Numa mensagem quase inteiramente em verso, D. António Couto pede que Jesus não se perca na confusão do Natal.
Leiria-Fátima: “Para tornar o mundo mais fraterno, para levar a todos verdadeira alegria do Natal é imperativo que demos testemunho com ações concretas de solidariedade e partilha. Ninguém pode ficar indiferente”, afirma o cardeal D. António Marto.
Lisboa: "Que a lição do presépio seja a nossa verdade e que na alegria desta noite seja também a reconstrução do mundo", apela o cardeal pariarca, D. Manuel Clemente.
Porto: "Seja este um natal de ternura, a viver primeiro que tudo na própria família, mas a levar a família a abrir-se ao exterior e a dar ternura a quem precisa dela", pede o bispo do Porto, D. Manuel Linda.
Santarém: “Deus foi e é surpreendente. Não veio nascer neste mundo com riquezas materiais nem com receitas para os problemas. Veio valorizar a vida humana em cada pessoa e a Família, consagrando esta como o espaço privilegiado para a vida em comunhão de amor, e aprender a viver com os valores da verdade e da justiça. Em ambiente familiar”, escreve D. José Traquina.
Setúbal: A celebração do Natal “vem, uma vez mais”, recordar que Deus “toma bem a sério a situação e os destinos da humanidade e de cada um” e torna-se “próximo e assume a condição humana, na fragilidade de uma criança. Ele vem mesmo partilhar a nossa vida de humanos, nas alegrias, vitórias e sonhos que nos entusiasmam, mas igualmente nas crises, dramas e pesadelos que nos afligem”, salienta D. José Ornelas.
Viana do Castelo: "Sem acolhimento não há Natal", diz o bispo de Viana do Castelo.
Vila Real: “O Natal é uma festa sempre nova”, afirma o bispo de Vila Real, recordando que “em cada Natal há rituais, gestos e palavras que se repetem, belas e ricas tradições que não dispensamos, tornando esta quadra única e especial”.
Viseu: “O Estado precisa de distribuir com maior justiça os seus recursos para todos: para o emprego; para as instituições particulares de solidariedade social, de forma que não se exclua ninguém; precisa de olhar para o mundo da saúde de modo positivo, não excluindo ninguém na prestação dos cuidados; promover e estender as redes de cuidados continuados e cuidados paliativos a todo o país e com acesso aos mais necessitados; é preciso cuidar dos cuidadores e incentivá-los a um serviço que os realize”, diz D. António Luciano.